O duo Sofi Tukker – facilmente confundido por um artista solo – veio ao Brasil para se apresentar no Lollapalooza 2018 e conquistou o público com as faixas que misturam as internacionais batidas eletrônicas e a brasilidade nas letras em português.

Sophie Hawley-Weld é alemã de origem, mas o coração dela pertence ao Brasil. Amiga de faculdade de uma brasileira, Sophie a ouvia falar em português e se encantou. Ao descobrir mais sobre a cultura do país, a cantora se tornou fã imediatamente. “Eu comecei a ouvir bastante bossa nova e acabei me inspirando no gênero para compor minhas músicas”, disse.

Já o americano Tucker Halpern tinha um futuro no basquete, até que um problema de saúde o fez abandonar o esporte. “Tive uma fase em que ouvia hip-hop e rap, depois comecei a ouvir muito punk. Então descobri a house music”, conta.

A dupla foi a segunda atração a subir ao palco Ônix do domingo, dia 25. Apesar do horário, muitos foram prestigiá-los e transformaram o Autódromo de Interlagos em uma pista de dança. “Todo mundo estava pulando, dançando, se divertindo. Nós adoramos! Foi um dos melhores shows que já fizemos!”.

O show foi apenas um indício do sucesso de Sofi Tukker. Antes mesmo de lançar o disco de estreia Tree House – que chegou no dia 13 de Abril – , já carregavam uma indicação ao Grammy pela música “Drinkee”, integrante do EP Soft Animals (2016).

Além do som único e distinto, a canção se destacou por ser uma adaptação de um poema escrito pelo brasileiro Chacal, um grande colaborador da dupla. “Conheci o Chacal quando estava na faculdade e meu professor me apresentou a ele e começamos a colaborar. Ele escrevia uma poesia, eu a interpretava, cantava para ele e assim criamos uma amizade. Quando eu e o Tukker começamos a trabalhar juntos, pareceu o caminho certo a se seguir e colaborar com ele utilizando seus poemas”, contou Sophie.

Chacal é apenas um da lista de colaborações do duo. Com um grande histórico de parcerias, Sofi Tukker já lançou faixas com Betta Lemme, The Knocks e NERVO, por exemplo. “Todos eles eram nossos amigos antes de começarmos a trabalhar juntos. Praticamente todas as nossas colaborações aconteceram assim, foi muito orgânico. Começamos a fazer música para nos divertir e acabou dando certo.”

A diversão da dupla é clara nas faixas, clipes e principalmente, apresentações. Sophie carrega o microfone e recita poesias vezes em inglês, vezes em português, enquanto Tukker é responsável pelas batidas, ritmos e sons que guiam o vocal da companheira.

Juntos, o duo explora uma vertente diferente daquilo que estamos acostumados quando ouvimos música eletrônica. Sofi Tukker traz uma nova abordagem ao gênero e explora a diversidade, a inclusão e, claro, a diversão em seu disco de estreia, Tree House – que você pode ouvir na íntegra logo abaixo.