James Blake palestrou no simpósio anual da Performing Arts Medicine Association, na Califórnia, nos Estados Unidos, na última segunda, 2. A PAMA é uma organização focada na saúde de músicos, dançarinos e atores e, durante um painel chamado “You Got This: Managing the Suicide Crisis in the Arts Population” (“Você Consegue: Lidando com a Crise Suicida entre a População Artística”, em tradução livre), o cantor e compositor falou sobre as experiências pessoais com depressão e ansiedade. As informações são da Billboard.

Enquanto discutia sobre as primeiras turnês da carreira, ele revelou que teve “pensamentos suicidas” como resultado da vida na estrada. Blake tinha pouco mais de 20 anos quando lançou o EP CMYK (2010) e James Blake (2011). “Eu parei de ter uma vida normal em uma idade em que não estava completamente formado”, afirmou, de acordo com o veículo. Ele explicou que por conta das relações “superficiais” que os artistas têm quando passam pelas cidades, só há tempo para falar sobre as os pontos positivos, “o que normalmente não envolve o quão ansiosos ou depressivos nos sentimos”.

Blake afirmou ter encontrado um caminho em uma terapia chamada EMDR (sigla para Eye Movement Desensitization and Reprocessing, ou, em português, Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares). Ele também disse que cortar laços com pessoas tóxicas foi essencial. “Honestamente, me senti muito melhor quando simplesmente mandei muitas pessoas embora da minha vida. E também quando aprendi a dizer não”, continuou. “Não às turnês constantes. Nenhuma quantidade dinheiro nunca será suficiente.”

Ele afirmou ter decidido falar sobre suas experiências pessoais por acreditar que a sociedade tenha atingido um ponto crítico. “Somos a geração que viu dezenas de músicos optarem pelas drogas e pelos excessos, por coisas que os destruíram. E existem tantas pessoas famosas que se suicidaram recentemente… aacho que temos o dever de falar sobre o assunto e acabar com esse estigma.”

Qualquer pessoa que precise de ajuda pode ligar gratuitamente para o Centro de Valorização a Vida (CVV) — pelo número 188 — ou entrar em contato pelo site oficial da organização.

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