O rap melódico do Post Malone não é dos mais amados pelos críticos. Com fama de exagerado, mistura o rap com pop e algo que traz de sua antiga banda de metal cover. Mas os fãs amam, fato comprovado pelo público do Lollapalooza, um dos maiores do festival até agora.

Todo esse amor talvez se explique pela figura do rapper. As roupas largas, a cara de emburrado gente boa, o sorriso fácil. Durante o show, “Thank you fucking much” (“Muito obrigado p*rra”) era a frase mais falada.

As letras de suas músicas espelham o complexo de inferioridade que Malone diz ter. São faixas sobre relacionamentos e fama. Mas não é um daqueles casos de músicos de um hit só. O show, que faz sozinho, é consistente e anima. As batidas melódicas embalam a dança da plateia e os braços pra cima. Ajuda também a superprodução de luzes que acompanha o rapper.

Os hits “Better Now” e “Sunflower” foram gritados pela plateia. A vibe de festa se tornava controladamente melancólica em faixas como “I Fall Apart”. De surpresa, o funkeiro brasileiro Kevin O Chris subiu no palco e mandou “Vamos Pra Gaiola” e “Ela é do Tipo”. Foi a consagração de dois artistas que não saem dos fones de ouvido da nova geração. Os críticos gostem ou não, mas Post Malone não parará de fazer sucesso tão cedo.

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