Texto por Zeca Stevenson

O dia foi quente, mas a noite conseguiu ser ainda mais. Na quinta-feira, dia 03 de março, a cariocada do Bala Desejo botou a paulicéia para cantar e dançar, em um show fervente por vários motivos. Da calçada da Augusta, já se via o fervor provocado pelo fenômeno que o quarteto formado por Dora Morelenbaum, Julia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra já é, mesmo com seu primeiro álbum lançado há pouco menos de três meses. É que, mesmo com ingressos esgotados e um lote extra na bagatela de 100 reais, não eram raras as pessoas que foram tentar a sorte na porta do Studio SP, para tentar assistir ao show da banda.

Antes da atração da noite começar a agitar o Studio SP, DJ Ubunto já deixou o tom do que estava por vir. A pista foi se aquecendo com as brasilidades do DJ e já se viam as cinturas ficando soltas. Com o passar das bebidas e do tempo, um clima carnavalesco ia tomando conta dos ares, que já exalavam Glitter a rodo, e a vontade de poder ouvir ao vivo o novo álbum “Sim Sim Sim” da banda Bala Desejo era acompanhada de um calor cada vez maior – tanto no sentido figurado, quanto concreto.

Conforme a noite ia caindo, rostos ficavam mais suados e os peitos mais ansiosos. Quando a banda entrou, a expectativa já era alta, mas certamente o público não esperava o êxtase que iria enfrentar. Tratou-se de performance pura. E a performance pegou quem estava desavisado em cheio – não escapou ninguém. 

O repertório foi impressionante. Mas tão impressionante quanto o repertório e as histórias que conta, foi a pegada quase circense dos artistas. Com direito a correio elegante, o show levou o público ao surto quando tocou o hit do álbum, Baile de Máscaras. A partir daí, não teve mais volta. Mesmo com as cervejas indo para a bexiga, o show tinha uma magia que não deixou ninguém fazer xixi. As pessoas que já estavam sem camiseta por conta do calor pareciam se importar cada vez menos com qualquer postura de seriedade e a regra passou a ser pular. Se alguém disser que ficou com os pés no chão, pode ter certeza: está mentindo. 

Pelos olhos ou pelos poros, São Paulo chorou o fenômeno Bala Desejo.

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