Filmado na Worthy Farm, onde acontece o festival, em pontos icônicos e já conhecidos pelo público como o Pyramid Field e o Stone Circle, o Glastonbury 2021 prometeu com um lineup de peso, contando com a participação de artistas como Coldplay, Damon Albarn, Haim, IDLES, Jorja Smith, Michael Kiwanuka, Wolf Alice, e mais. Além do que o público esperava, a atração surpresa, The Smile, nova banda de Thom Yorke com Johnny Greenwood e Tom Skinner, foi anunciada na manhã do evento. 

Com todos os problemas técnicos comuns em eventos virtuais hoje em dia, com o Glasto não foi diferente. Com três horários de livestream (7PM BST, 7PM EDT e 7PM PDT), escolhi o primeiro horário do festival, pois não queria perder a grande estreia do Glastonbury em sua versão virtual.

No primeiro horário, a live atrasou 1h30 e frustrou, bem, todo mundo. No twitter, via-se muitos fãs animados com um set up de festival em casa, e outros descontentes cobrando do festival e da empresa responsável pela venda dos ingressos, uma resposta e reembolso dos ingressos adquiridos. 

Após perder as três primeiras atrações do festival (Wolf Alice, Michael Kiwanuka e IDLES), mesmo com ingresso em mãos, pulei as “grades virtuais” para assistir ao festival após a DRIIFT, plataforma responsável pela live, disponibilizar um link aberto. 

O Glastonbury então começou oficialmente no show das irmãs HAIM, que focaram principalmente em sucessos de seu último disco, abrindo com “Summer Girl” e seguindo com hits conhecidos, como “The Steps” (escolhida também para a apresentação da banda no Grammy 2021), “Gasoline” e “Now I’m in it”. Uma das vantagens de ter assistido o festival no primeiro horário (15h BRT) foi a sincronia do fim da tarde paulista com o fim da tarde em Worthy Farm, o show da HAIM aconteceu no fim de tarde/começo de noite, e como fã de festivais de música, o cair da tarde me colocou em um mood nostálgico, o qual apenas o Glastonbury pôde confortar, mesmo com todos os problemas técnicos. 

O começo da noite foi marcado pelo grandioso Coldplay, que entregou projeções espetaculares e a performance mais animada da noite. A banda começou com “Higher Power”, estreou o single “Human Heart” e deu ao público nada menos que hit atrás de hit,”The Scientist”, tocada no piano colorido, perante a chuva, “Viva La Vida”, “Fix You” e “Sky Full of Stars” também marcaram a setlist da apresentação. A falta da plateia foi tanta, que além de piadinhas como “did the cows requested anything in particular?”, até samples de aplausos e gritos de fãs foram tocados durante o show.

O festival então seguiu com Damon Albarn (Blur, Gorillaz), com a apresentação que na minha opinião, foi a melhor do dia. Teve tributo, “On Melancholy Hill”, lua gigante (sim, isso mesmo), e um mood tão intimista que me deixou com gostinho de quero mais, mesmo tendo um dos maiores sets do festival. 

Com o nome baseado no poema “The Crow”, de Ted Hughes, The Smile, nova banda de Thom Yorke também foi um dos maiores destaques da noite, a banda é uma fusão entre o projeto solo de Thom, do supergrupo Atoms for Peace e Radiohead; e apresentou ao público 7 músicas inéditas. Ainda é cedo para definir o que é o The Smile, mas com certeza o projeto é complexo, fica a dica pra quem gosta de mathrock! 

Além dos destaques da noite, Jorja Smith, Kano e Dj Honey Dijon também marcaram presença no festival.

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