St. Vincent é uma força da natureza. Ela se apresenta sozinha e segura um show inteiro sem sair do palco. Troca de guitarra em todas as músicas e tem uma voz incrível. A mistura de rock com música eletrônica e pop, com toques de Depeche Mode, é inovadora e empolgante.

Ela entrou no palco do Lollapalooza 2019, subiu na pequena plataforma que ficava bem no meio do tablado e, de lá, comandou uma festa intimista. Cada guitarra que tocava tinha uma afinação diferente, com os riffs combinando perfeitamente com as batidas eletrônicas.

“Sugarboy” foi a primeira, mas a plateia pouco receptiva começou a se mexer apenas durante o single “Pills”. Não foi por falta de esforço de St. Vincent, que arranhou um português e fez uma versão paulistana de “New York”, com referências à Rua Augusta e com palavrões.

Em um show menor, a vibe de St. Vincent seria ainda mais sedutora. Os telões do palco mostram artes da cantora com efeitos especiais e ela se dá no palco como poucos. Nos momentos mais rock and roll, grita e ajoelha no chão para solar.

“Masseduction”, que ganhou o Grammy de Melhor Música de Rock esse ano, é uma pérola. O auge desse rock moderno inovador que ela tem difundido. Mas não são batidas que te colocam para cima, na verdade, lembram cantoras mais deprês como Lana Del Rey.

O show de St. Vincent é um daqueles que não agradam todo mundo, mas tem um lugar especial nas mentes daqueles que não se contentam apenas com o mais popular. A artista é uma força inovadora, talentosa e que tende a crescer cada vez mais.

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