Texto por: Gabriel Mendes

Fazia alguns anos que não escrevia uma lista sobre os discos que mais gostei. Essa não é minha ordem definitiva e sinto que fui injusto com outros trabalhos lançados em 2019. Talvez o EP do Earl Sweatshirt, Feet of Clay tenha lugar na lista.

De qualquer forma, tentei me concentrar em como me senti quando ouvi esses álbuns e qual a ligação emocional que construí com cada um deles.

#5: Andy StottIt Should Be Us

Não é o melhor projeto dele mas tem aquela marca registrada, característica comum presente em todos os álbuns. Senti falta de ouvir algo novo desse artista nos últimos anos, então essa inclusão se deve muito mais ao estado de alegria que fiquei ao saber que ele continuava produzindo, criando, e enfim, dando continuidade nos projetos. Gosto muito de algumas escolhas estéticas do Andy, desde as imagens das capas até as texturas e a forma que ele trabalha com o tempo nas composições.

#4: Nérija Blume

É como uma festa na casa de amigos em que todos jantam, conversam, dançam, e riem em voz alta, como se aquela fosse a situação mais importante do mundo. O disco é envolvente, cheio de referências e as melodias são belíssimas, fico feliz ouvindo. Trabalho repleto de cores e com certeza uma das melhores surpresas de 2019.

#3: FKA TwigsMagdalene

Sinto que tinha uma expectativa diferente, algo que seguisse mais a linha de “Mothercreep“, talvez. Acabei me deparando com um trabalho sensível, pessoal, mínimo em alguns detalhes e que fala sobre um período devastador. Ao longo do tempo, fui notando novos elementos, tanto na composição quanto na produção, que me chamaram a atenção e que foram me envolvendo e me atraindo cada vez mais; uma espécie de hipnose.

#2: FenneszAgora

Amo músicas que me remetem a imagens e não consigo me desvencilhar da música instrumental em geral, faz parte de mim. É uma tarefa ingrata escrever sobre algo tão delicado de um ponto de vista emocional, mas, se pudesse resumir, diria que é como flutuar por 47 minutos.

#1: Nick Cave and The Bad SeedsGhosteen

Existe uma espécie de esperança que ronda todo o sofrimento e a dor nas histórias que ouvimos nas músicas. É simplesmente uma das formas mais belas de lidar com cicatrizes, e nos tempos atuais, é equiparável a respirar com um pouco mais de facilidade.

LEIA TAMBÉM: Melhores do ano: top 5 álbuns corajosos que enfrentaram 2019

Tags:
Categorias: Listas