Texto por Marcela Lorenzetti e Isabela “Pétala” Alcântara

Música e filmes combinam e muito, isso não é nenhuma novidade, certo? E para esquentar os motores na véspera de Black Is King, nova produção de Beyoncé, que estreia amanhã, o Mad Sound reuniu quatro grandes álbuns visuais para você conhecer ou reassistir. Pegue o fone de ouvido e a pipoca e vamos lá!

1) Anima, Thom Yorke

O curta filmado pelo famoso diretor de cinema Paul Thomas Anderson (Trama Fantasma, Vício Inerente, etc), que já trabalhou com o Radiohead antes (clipe de “Daydreaming”, acústico de “Present Tense”, etc) foi lançado mundialmente em 27 de junho de 2019, na Netflix. A produção que contou com pôsteres misteriosos em diversas cidades do mundo, acompanha a trilha do terceiro álbum solo de Thom, e é considerado muito pessoal e sincero pela ambientação e até pela participação da namorada do artista, Dajana Roncione, que interpreta a dupla romântica de Thom Yorke também no filme.

Como uma simples espectadora da obra, afirmo que  ‘Anima’ é uma experiência além do que chamamos de “clipe longo”, desde a fotografia, figurino e produção, até a coreografia impecável criada por Damien Jalet; que explora a interação entre os corpos e ambientes em que se encontram, sempre pensando no conceito do momento REM, durante o sono. De fato, nos traz o questionamento: sonho ou realidade? 

“If you dont dream enough, you don’t process enough”, já dizia Thom Yorke em entrevista pra XL Records, em 2017

2 – Intertella 5555, Daft Punk

Bom, sou muito suspeita quando se trata de Daft Punk, pra mim qualquer coisa que a dupla produz é ouro. Com o longa Interstella 5555, lançado em 2003 não foi diferente.

A animação de ficção científica produzida pelo Toei Animation (Dragon Ball, Sailor Moon, etc) vem acompanhada da trilha do álbum Discovery, e é apenas…uma obra de arte. Minha parte favorita da história é acompanhada pela faixa “Harder, Better, Faster, Stronger”, momento em que a banda depois de ser sequestrada pelo inimigo Earl de Darkwood, passa pelo processo de transformação para se tornar o grupo “Crescendolls”. Tem tudo o que a gente gosta e precisa: trilha impecável, aventura, reflexões sobre a indústria musical, e muito mais.

3) The Odyssey, Florence + The Machine

Pense em um álbum denso, melancólico e com atmosfera chuvosa. Esse é o disco de 2016 de Florence + The Machine, How Big, How Blue, How Beautiful. Apesar do título otimista, que destaca os momentos de céu aberto no disco, o clima triste e intenso é reforçado pelo álbum visual de 48 minutos batizado como The Odyssey.

No filme, dirigido por Vincent Haycock, a cantora inglesa parece estar em seu próprio inferno ou purgatório na Terra, inspirado por contos como o Divina Comédia, de Dante Alighieri, ou obras de Homero, que caracterizam os momentos mais densos de se apaixonar, ter seu coração quebrado e todo o sofrimento por trás desse processo, em relação ao seu parceiro, e no caso de Florence, com ela mesma.

4) Bad, Michael Jackson

Uma das afirmações mais unânimes da música é que Michael Jackson foi o responsável por popularizar os videoclipes na música, e o curta Bad, de 1987, dirigido por ninguém menos que Martin Scorsese, é uma das várias provas desse fato.

A primeira das noves produções do curta tem 18 minutos é inspirada por Edmund Perry e os conflitos raciais da época, e tem Michael como protagonista, interpretando Daryl, um rapaz que termina brilhantemente o ano em uma escola privada, e retorna para sua cidade natal. Ao voltar para suas raízes, o que também volta são hábitos do passado, reforçados por seus amigos “maus”, que tentam fazer com que Daryl volte a roubar com eles, o que não acontece, com isso, Mini Max, seu melhor amigo afirma que ele não é mais mau, o que gera uma epifânia no personagem e na produção, que se torna colorida nesse momento e a faixa-título, Bad, começa a tocar.

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