Texto por Joana Söt

A noite de ontem, 1º de setembro, foi animada para quem estava no centro de São Paulo às 22h da noite. Da rua, ouvia-se apenas o eco das guitarras e gritos (gritos estes que já são a marca oficial do vocalista Dinho) vindos de um show acontecendo no subsolo de um antigo estacionamento ao lado da praça da República.

Como frequentadora ávida de concertos do Boogarins desde 2015, posso dizer que este foi um dos shows mais ricos da banda em termos de variedade musical – algo que se torna comum quando se tem uma discografia tão rica quanto a da banda em mãos.

Dinho, Fefel, Ynaiã, e Benke (que ontem estava mesmo dedicado a mostrar a presença da guitarra na ambientação das músicas da banda), tocaram desde os sucessos mais antigos, como ‘’San Lorenzo’’, do Manual (2015), passando pelos hits ‘’Onda Negra’’ e ‘’Foi Mal’’, de Lá vem a morte (2020), perpassando as jams alucinantes – como a faixa “Cães do Ódio”, do álbum Manchaca (2017), até os covers – tão requisitados pelos fãs, da releitura no estilo rock psicodélico do grupo Clube da Esquina (de Milton Nascimento). Mais uma vez, o carisma de todos da banda trouxeram para o show uma atmosfera intimista, que nunca falha em aproximar o público do Boogarins com os membros da banda. 

O local do show surpreendeu pela boa acústica em qualquer lugar que se estivesse assistindo o som alucinante e viajado dos garotos. Regado a cervejas e uma discotecagem indie não tão óbvia, o subsolo do Cineclube Cortina encheu de fãs da banda já no pré-show. O espaço, que foi inaugurado dia 26 de julho deste ano, também conta com um restaurante e bar no térreo, que também não deixa a desejar na playlist local. Minha dica é: se estiver por São Paulo, descubra o Cineclube Cortina; e onde quer que esteja – até mesmo no subsolo de um estacionamento, descubra Boogarins.

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