Ícone do site Mad Sound
Deafheaven no Fabrique Club

Deafheaven no Fabrique Club. Crédito: Leca Suzuki

Deafheaven transforma Fabrique em casa dos sonhos em show

Entre lágrimas e mosh pits brutais, Deafheaven faz apresentação insana pela Balaclava na casa de show Fabrique

Texto por Vini Fitipaldi

Uma garoa fina no último domingo, 12, caía sobre os fãs do Deafheaven, numa fila que dobrava a esquina do Fabrique. Casa de show que costuma receber bandas com uma sonoridade mais pesada que permeiam a musicalidade contemporânea na cena do metal, shoegaze, blackgaze, post-metal, entre outras.  

O ambiente começou a esquentar com a abertura da terraplana, banda que já tem algum tempo de estrada, mas lançou seu primeiro álbum no começo de março. Trouxeram um show intimista e comunicativo com poucas luzes onde só se enxergava a silhueta dos músicos.  

Em sentimentos contrastantes, a atração principal levou o público para uma passeio de sensações subindo no palco com uma música de Angelo Badalamenti, que foi usada como interlúdio, logo em seguida colocaram a plateia para bater a cabeça numa transição inusitada entre “Sycamore Trees” e “Black Brick.”

As trocas de olhares entre os guitarristas Kerry McCoy e Shiv Mehr mostravam a sintonia do caos organizado que a performance trazia. Esses momentos mais sentimentais aconteciam quando a banda tocou os sucessos do último lançamento Infinite Granite que marcou uma mudança drástica no gênero musical da banda, com os vocais mais limpos de George Clarke a plateia teve momentos mais emotivos. Foi quase como um respiro para as pessoas sustentarem os bate cabeças e as subidas no palco para se jogarem na plateia.  

Mas no encore a banda transformou o ambiente numa verdadeira casa dos sonhos para os fãs da era blackgaze. Tocando seu maior sucesso “Dream House”, a música foi definitivamente o ápice do show, transformando a pista num mosh pit gigante. No final os instrumentos foram parar nas mãos da plateia e todo mundo pode dar sua pequena contribuição para a última música entre pauladas e “palhetadas” no baixo e nas guitarras, e provavelmente naquele momento se formou o shoegaze mais experimental e colaborativo que passou pelo palco da Barra Funda.      

Sair da versão mobile