A cantora Pabllo Vittar bem que cantou em “Rajadão”, que a previsão do tempo diz que o céu fechou, e Betina confirma em seu novo single, a possibilidade de uma “Onda Errada”. Apesar da tempestade ser uma realidade, a sonoridade e arte da cantora curitibana não passam de uma brisa de ar fresco na música brasileira.

Desde 2016, com seu álbum de estreia, Carne de Sereia, a cantora vem, como a maré, invadindo a cena, seja com as sonoramente charmosas faixas do disco, sendo complementadas composições de personalidade, ou com clipes premiados como foi o caso da faixa “Cafuné”, que levou o prêmio de melhor música no Festival de Bandas e Clipes de 2016.

Dois anos depois, chega a explosão, ou o melhor, o vulcão. Com seu segundo disco, Hotel Vülcânica, os sintetizadores e estética analógica da fase do disco levam o ouvinte e telespector viajarem junto com Betina, refletindo, na mesma medida, intensamente e livramente sobre diversos assuntos que permeiam nosso imaginário.

O álbum tem participações de nomes como de Diogo Valentino, do Supercordas, Dinho e Benke Ferraz, do Boogarins, Tatá Aeroplano, a poetisa Heloiza Abdalla e Pedro Bonifrate.

Após tantos fenômenos, a esperança era de um céu aberto que, como adiantamos acima, não foi a realidade para ninguém. Em tempos de uma pandemia mundial, a ciência é colocada como “opinião” e não fato, e teorias mirabolantes como o terraplanismo tomam conta das redes sociais e até do Palácio do Planato.

Apesar disso, a cantora consegue utilizar, durante a quarentena, o feitiço contra o feiticeiro ao lançar o single “Onda Errada”. Com sonoridade cheia de detalhes, mas mantendo o clima viajante no sentido intergalático e relaxante, a artista se junta novamente com Diogo Valentino e Dinho para lançar a primeira música em direção ao seu terceiro disco.

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