Texto por Joana Söt

O clima finalmente deu trégua aos ratos de festival que aguardavam ansiosos pelo GPWeek no último fim de semana (4 e 5 de novembro) em São Paulo. Após o dilúvio e o caos vivido pelos moradores da cidade que ficaram sem luz (alguns ainda estão), o alívio de um fim de semana de sol no estádio do Palmeiras pareceu mais um sonho do que qualquer outra coisa.

Após um sábado pouco animado em uma edição com curadoria OK (mas péssima divisão de dias e fillers), o Allianz ganhou vida com arquibancadas cheias e pistas quase lotadas para a principal atração do festival como um todo, o rapper americano Kendrick Lamar, e seu amigo baixista que abriu o show do headliner, Thundercat.

E foi entre hits atrás de hits e presença de palco (não só do rapper californiano, mas também do duo SOFI TUKKER e do próprio Thundercat, que o Allianz se iluminou com lanternas de celulares e coros que marcam todos os shows bem-sucedidos em estádios pelo mundo todo.

Na mistureba oferecida pela curadoria do GPWeek neste fim de semana, ficou claro que festivais de sucesso não só precisam de uma curadoria e line up com artistas de peso, como também devem saber separar a programação com peso igualmente distribuído para uma plateia verdadeiramente animada e engajada. Um festival não se faz só de nomes, mas também de coesão entre gêneros musicais, estilos, e ambientes que sejam favoráveis a quem frequenta estes eventos. 

Apesar de tudo, o GPWeek contou com shows muito bons, que funcionaram bem individualmente, com setlists bastante completas e longas, além da estrutura geral do evento ter sido boa no geral para o público presente.

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