Texto por Stephanie Souza

Após um longo hiato, Forfun entra na reta final da reunião muito aguardada pelos fãs, restando apenas algumas apresentações até a conclusão da Turnê Nós.

A banda já passou por diversos pontos do país: Vitória, Juiz de Fora, Manaus, Florianópolis, Goiânia, entre outros. Com um planejamento de turnê bastante extenso pelo Brasil, o grupo encerrará a jornada em seu estado de origem, Rio de Janeiro. Os ingressos estão à venda no site oficial da Eventim.

Formação e primeiros anos

Atualmente a banda é composta por quatro membros: Danilo Cutrim nos vocais e guitarra, Vitor Iseense nos teclados, guitarra e segunda voz, Nicolas Fassano na bateria e Rodrigo Costa no baixo e vocal de apoio.

Formada em 2001, como um trio, no Rio de Janeiro, Forfun é peça chave da cena de rock carioca, carinhosamente apelidada de riocore. Se popularizaram numa época de desbravamento da internet, em redes sociais já extintas, como o Orkut, o Fotolog e o TramaVirtual, e em sites populares da cena, como o Punknet

Na fase embrionária da banda, lançaram um álbum demo intitulado Das Pistas de Skate às Pistas de Dança, que contava com 12 faixas (algumas foram, inclusive, regravadas posteriormente). A ascensão da banda começava aí e os primeiros pedidos para tocar pelo Brasil estavam chegando.

Teoria Dinâmica Gastativa (2005) e Polisenso (2008)

Lançados em 2005 e 2008, respectivamente, deram luz a grandes hits como “História de Verão” e “Sol ou Chuva”, alcançando novos horizontes para o grupo, que se consolidava no rock nacional com agenda cheia e uma fã base bastante fiel.

A transição musical entre o TDG e o Polisenso caminhava a passos largos. Teoria Dinâmica ainda vinha na fase de amadurecimento da banda, com bastante influência do hardcore californiano e letras mais juvenis, cerceando temas sobre relacionamentos e curtição.

Já o Polisenso trouxe elementos eletrônicos com Isensee assumindo nova posição com seus sintetizadores viajados. Isso encaminhou o grupo para uma fase mais rica e profunda num espectro tanto lírico quanto musical, abraçando referências que vinham do reggae, dub e do rap e falando ativamente de liberdade, espiritualidade e críticas sociais. Forfun estava apenas preparando o terreno para o que viria depois. Polisenso foi apenas um ensaio para o Alegria Compartilhada (2011).

Alegria Compartilhada (2011)

Lançado em 2011, foi o terceiro álbum de estúdio da banda e veio como confirmação da revolução musical iniciada no Polisenso. Aqui, 10 anos separavam a banda de 2001 da banda de 2011, a mentalidade e a postura obviamente não eram as mesmas. O hardcore foi deixado de lado, dando lugar a muito groove e psicodelia.

O clima é diferente, a temática é mais nacional, leve, falam sobre dança, amor, praia mas também abrem espaço para críticas sócio-ambientais. Conta ainda com a presença de artistas de diferentes locais e gêneros como o rapper Black Alien, Guto Bocão, mestre de bateria da Vai-Vai, Fernando Bastos da Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, entre outros. Alegria Compartilhada veio para reafirmar a vontade e o comprometimento em reinventar que o Forfun se propõe. 

Nu (2014), o fim da banda e Braza

Em 2014, Forfun lançou o Nu, talvez o álbum menos querido entre os fãs. Contando com 11 inéditas e um cover de Engenheiros do Hawaii, foi o lançamento menos comentado da banda.

Pouco tempo depois do lançamento, em 2015, a banda anunciou o fim de suas atividades através de comunicado oficial em que se lia “Gigante que é, o Forfun não se encerra. Ele vai curtir uma aposentadoria merecida, enquanto nós quatro, seus eternos operários, seguiremos trabalhando em outros projetos com amor e sinceridade genuínos.”

Os motivos do fim nunca foram propriamente esclarecidos pelos membros mas na fanbase diversos rumores tomavam forma. Em 2016, Danilo, Isensee e Nicolas formaram o Braza, aumentando ainda mais as especulações sobre o fim do Forfun. 

Em 2024, o Braza anunciou uma pausa e o Forfun, um reencontro.

Turnê Nós

Após nove anos, em 06 de dezembro de 2023, a banda anunciou a turnê de reencontro através de suas redes sociais. A série de shows se iniciou no mês de junho, lá em Belém e já passou por diferentes cantos do Brasil, como supracitado. A setlist, dividida em blocos, passa por todas as fases da carreira do grupo e o espetáculo segue sendo um grato reencontro a todos os fãs que acompanharam todos esses momentos.

Minha única recomendação é que você curta essa volta única na história do Forfun, que promete encerrar sua jornada com chave de ouro. Os ingressos estão à venda no site oficial da Eventim. Se liga nas próximas datas!

Tags:
Categorias: Editorial Notícias