Entre um momento e outro da vida, somos cheios de pequenos momentos que nos preenchem e definem quem nós somos. Estes momentos são exaltados em Driving Just To Drive, novo álbum de Matt Maltese.

Durante as 11 músicas, o músico apresenta um autoconhecimento recém encontrado que honra esses pequenos momentos da vida. Atualmente um destaque no Reino Unido como um dos compositores jovens mais promissores do mercado, Maltese mostra neste álbum um amadurecimento em deixar ser levado pela sua composição, sem seguir o que se espera dele.

Desde seu sucesso “As The World Caves In” no TikTok em 2021, quatro anos depois de ser lançado, foi esperado de Maltese um novo hit, mas o garoto de 25 anos queria mais. Em Driving Just to Drive acompanhamos o jovem nos mais diversos temas relacionados a sua geração, desde amores que foram embora, críticas sócio-políticas e amadurecimento.

Maltese agora espera lidar com esse temas de forma mais leve. “A maneira como eu vivia minha vida antes de 2021 era pensando. Agora tento pensar menos, e ser menos rebuscado com o que escrevo”, explica o cantor em uma declaração, encontrando liberdade em romantizar o presente de forma despreocupada, mas ainda comprometido com sua verdadeira identidade.

O álbum começa com “Mother”, um single cheio de charme melancólico. A faixa em si é forte, um mergulho profundamente sincero no coração partido, porém com uma perspectiva nova e muitas vezes negligenciada. “And yesterday I told my mother / You learn to love again / And oh, she was the daughter you never had / And I know sometimes you might miss her / But I know the years can heal / And if there is another / Maybe you’ll love them in the same way you loved her” (tradução livre: “E ontem eu disse para a minha mãe / Você aprende a amar de novo / E oh, ela era a filha que você nunca teve / E eu sei que às vezes você pode sentir a falta dela / Mas eu sei que os anos podem curar / E se houver outros / Talvez você ame-os da mesma maneira que você amou ela”

“Museum” detalha uma vida através dos itens que comporiam sua própria retrospectiva pessoal. “Artifacts of the future / T-shirts worn by your first love / And the ghosts of your past hang around and say “Hi” / In the museum of your-”. (tradução livre: “Artefatos do futuro / Camisetas usadas pelo seu primeiro amor / E os fantasmas do seu passado andam por aí e dizem “oi” / No museu do seu-”.

Guiado por uma linha de piano funky, “Florence” evoca memórias de um show adolescente transformador para Maltese. Mais tarde, “Suspend Your Disbelief” se deleita em um ambiente de efeitos sonoros lo-fi, banjos e tambores enérgicos. O vocal de Biig Piig em “Coward” traz um conjunto de harmonias brilhantes em uma colaboração incrível.

O álbum se define como uma coleção de faixas apaixonadas que mostram Maltese mais aberto e comprometido com sua arte, abraçando novos sons, mas retornando à versão mais orgânica de si mesmo.