Ziggy Alberts é um cantor e compositor australiano nascido em Sunshine Coast, Queensland, cuja música transborda sinceridade e autenticidade. Seu último álbum foi o relançamento do seu primeiro trabalho, “Made Of Water”, onde todos os ideais de paz, tranquilidade, e uma vida mais centrada na natureza estão presentes.

O Mad Sound entrevistou o australiano numa conversa mais íntima e pessoal que atravessa seu tempo e trabalho na música.

Mad Sound: Ziggy, você começou a fazer música de forma autodidata e isso é algo bem único. Teve algum momento específico que te fez perceber que era isso que você queria fazer para o resto da vida?

Ziggy Alberts: Na verdade a ficha ainda não caiu! Eu adoro toda a trajetória que tive pela música, desde tocar dentro da minha van até fundar um selo com a minha família. Há momentos em que eu não consigo acreditar que esse é meu trabalho, e que eu faço turnês e toco pra tanta gente. Eu já amava escrever, mas isso tudo é uma surpresa maravilhosa e me pega todo dia que essa é minha realidade. 

MS: Você já escreveu alguma música que depois pensou: “Isso é muito pessoal para compartilhar com o mundo”? Como você lida com essa vulnerabilidade?

ZA: É uma ótima pergunta. Existem muitas músicas vulneráveis, especialmente em “Dancing in the Dark”, e até em “Outlaw”. Vem de um sentimento de “estar fazendo todas as coisas certas mas por motivos errados”, sabe? Sinto que a beleza da música está justamente em ser o lugar mais fácil pra mim de me expressar. Ironicamente, é mais tranquilo ver milhares de pessoas ouvindo minha vulnerabilidade do que às vezes falar diretamente com uma pessoa. 

MS: Pode nos contar a história por trás do seu último single, “Outlaw”?

ZA: Eu estava sentado do lado da minha van, revisitando minhas memórias de tocar nas ruas da cidade onde eu moro, e existe sempre um saudosismo presente no passado. “Outlaw” é sobre perceber a evolução da minha vida mas não esquecer o passado, ao mesmo tempo que dou espaço para o presente, sendo grato por ele.

MS: Qual foi a experiência mais inesperada ou memorável que você teve durante uma turnê?

ZA: Acho que as duas que mais me vem na memória agora são de quando toquei no Brasil, e foi para um público de mais de 10.000 pessoas, e foi maravilhoso, o lugar, e as pessoas.

Mas também uma outra memória mais recente é de uma família que eu conheci pela turnê, que vive na Holanda e tinham um filho da minha idade que era meu fã e faleceu muito repentinamente. Eu levo comigo a foto dele em todos os lugares, e continuo conversando com a família dele até hoje. Uma das belezas de poder viajar e tocar em tantos lugares é certamente conhecer tanta gente especial – o mundo é cheio dessas pessoas.

MS: Quando você não está no palco ou no estúdio, como é um dia perfeito para você? 

ZA: (Rrindo) Acho que seria acordar, tomar um café, meditar, ir pra praia e pegar ondas incríveis, depois voltar pra casa, comer mais um pouco, e depois talvez surfar mais um pouco (rindo mais) e voltar pra casa, comer, e dormir!

MS: O que você gostaria de dizer para os seus fãs no Brasil?

ZA: Queria agradecer pela paciência (rindo). Eu adorei ter tocado aí ano passado, foi muito bom conseguir atender meus fãs nesse sentido, e quero muito voltar. Logo mais estaremos juntos!