Um país com a população que se equipara a pequenas cidades do Brasil, a Islândia chegou à Rússia como uma surpresa. Carismáticos, os islandeses passaram de “saco de pancadas” nas eliminatórias europeias a seleção “queridinha” da Copa do Mundo.

Apesar de ter sido desclassificada na primeira fase, o time se provou forte e criativo dentro e fora do campo. Empatando com a Argentina logo na primeira rodada, os vikings mostraram as garras, porém talvez o que mais tenha surpreendido foi a descoberta de que os jogadores são capazes de muito mais que um bom lance futebolístico.

Com um técnico que entre campeonatos trabalha como dentista e um goleiro que é diretor de clipes e comerciais, para citar apenas alguns exemplos, o país de 335 mil habitantes carrega muito mais surpresas do que imaginamos.

“Acredito que vocês já conhecem Björk e Sigur Rós, então quero mostrar alguns dos nossos novos artistas”, disse Sveinbjörn Pálsson, repórter do The Reykjavík Grapevine, uma revista de entretenimento e lifestyle na Islândia e nosso terceiro colaborador na série de matérias especiais em clima de Copa do Mundo, a Copa Mad Sound.

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Por lá, ele faz parte do time editorial da publicação além de cuidar do departamento de arte – esses islandeses não param! Então, se há algo que Pálsson entende, é sobre a indústria artística musical e, ao conversamos, ele nos recomendou alguns dos mais importante e relevantes artistas no país atualmente. Olha só:

1. Jófríður Ákadóttir

Jófríður Ákadóttir
Jófríður Ákadóttir. Crédito: Reprodução/Facebook

“Ela é uma verdadeira força”, ele conta. “Você pode encontrar sua voz sob diversos nomes, como a banda Samaris ou Pascal Pinion, JFDR, seu projeto solo, ou até mesmo nas mais diversas colaborações com outros artistas”. A cantora tem 24 anos e foi citada como uma das inspirações da grande Björk. “Ela com certeza será uma das guias na cultura islandesa das próximas décadas.”

2. Hatari

Hatari
Hatari. Crédito: Reprodução/Facebook

“Esses caras são a vanguarda da cena gótica de Reykjavík [capital da Islândia]. Diferente dos anos 1980, quando a música gótica era bem específica, agora você não consegue caracterizar o artista de uma única maneira”, diz, ao explicar que o grupo se encaixa em diversos gêneros, indo de heavy metal a house e passando pelo pop. Performáticos, os islandeses se recusam a dar entrevistas sobre o trabalho. O único meio de comunicação são manifestos, que falam sobre a decadência do capitalismo e a chegada do juízo final da humanidade.

3. JóiPé x Króli

JóiPé x Króli
JóiPé x Króli. Crédito: Reprodução/Facebook

Com apenas 19 anos, a dupla já está preparando o lançamento do segundo disco de estúdio, e tem um rap islandês que vai te surpreender. “Eles possuem uma base de fãs bem diversa, com seguidores das mais diferentes gerações. Talvez isso seja resultado das letras inspiracionais e da melodia alegre, que segue um caminho diferente dos demais rappers islandeses, que costumam falar sobre temas mais pesados”, explica Pálsson. E como se conquistar os amantes da música não fosse o suficiente, Jói também faz parte do time nacional de handball!

4. Kiasmos

Kiasmos
Kiasmos. Crédito: Reprodução/Facebook

Formado pelo compositor Ólafur Arnalds, conhecido mundialmente pelo trabalho na trilha sonora da série Broadchurch, e pelo produtor Janus Rasmussen, o grupo traz um minimalismo melódico para a house music islandesa. “Eles carregam uma coisa meio Jon Hopkins”, revela Pálsson.

5. Sísý Ey, Lilli Elli Grill, Mammút e muito mais

Mammút
Mammút. Crédito: Reprodução/Facebook

Ao pedirmos por mais uma única sugestão, Sveinbjörn Pálsson não conseguiu escolher. “Estou perdido e não tenho mais espaço para falar de outras bandas (…) Temos Mammút, a melhor banda de rock da Islândia, temos também o falecido Jóhann Jóhannsson, compositor de grandes trilhas sonoras como A Chegada, A Teoria de Tudo e Sicario! A melhor banda de indie Hjaltalín! De quem estou esquecendo? Está decidido, vou escrever um livro sobre a música daqui”, ele encerra dizendo animado.

Se você, assim como eu, se apaixonou pelos islandeses, dá uma conferida nesta lista maravilhosa de vários outros artistas que Pálsson nos enviou: Vök, Auður, EinarIndra, Emmsjé Gauti, Aron CanAlvia Islandia, Sturla AtlasBloodgroup, Tonik Ensemble, GusGus, Sóley, Berndsen, FM Belfast, Hjaltalín, Sin Fang… Que país!

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