Em seu primeiro disco, casa, IIGOR nos faz navegar por diferentes cômodos, cada um com sua própria história e identidade. Trazendo letras intimistas unidas a synths, violões e beats inspirados no reggaeton, o artista entrega uma mistura que dá certo e constrói um lar aconchegante para seus ouvintes.
Igor Pinto não é novo no cenário musical: em 2018, o carioca lançou seu primeiro EP, batizado de Haunted Lovers, no qual assinava como Kanagawa — inspirado pela xilogravura The Great Wave of Kanagawa, de Katsushika Hokusai. Agora, ao assumir seu próprio nome, IIGOR passa a compor em português e de forma mais vulnerável, nos permitindo conhecê-lo melhor.
Além de cantor, compositor e produtor, IIGOR tem formação acadêmica em arquitetura e urbanismo, e, inesperadamente, sua graduação tem uma conexão íntima com seu último lançamento:
“Ele [casa] veio da minha inquietação de unir de alguma forma as minhas duas paixões. A arquitetura serviu para dar forma ao que eu queria transmitir emocionalmente com o disco”, contou ao Mad Sound.
Junto ao álbum, IIGOR lançou três clipes, das faixas: “peixe”, “miragem” e “me leva”. Os dois primeiros estão no formato visualizer, um vídeo sem estrutura narrativa e que comumente apresenta imagens em looping. O último, por sua vez, tem um ar retrô e é protagonizado pelo próprio artista. De forma visualmente deslumbrante, todos conseguem traduzir visualmente a leveza e essência de casa.
Para este álbum, IIGOR bebeu de várias fontes e conseguiu criar um som muito característico e pouco observado no cenário nacional.
“Para o álbum, tive como referência muita música nacional que ouvia quando criança, como Marina Lima, Tim Maia, Marcos Valle. Assim como também tentei conciliar com algumas referências internacionais que tive mais velho, como Tame Impala, Phoenix, Arctic Monkeys, etc.”, explicou.
IIGOR prova ser a escolha perfeita para aqueles que buscam um indie pop nacional que é tão aconchegante quanto seu próprio lar.
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