No último sábado, 17, aconteceu em Ribeirão Preto no interior de São Paulo, o primeiro Festival Arô. Ele contou com um lineup de vozes femininas da música alternativa. O lugar escolhido para sua realização foi o espaço Uzina, que fica a cerca de quinze minutos de distância do centro de Ribeirão. Ele faz parte de um área de eventos construída onde um dia funcionou uma usina de cana de açúcar. No que restou de um barracão foram montados os palcos, stands, área de alimentação, mini rampa de skate e banheiros. 

O festival prometia apresentar Sambaiana com Paula Lima, Céu, Filipe Catto, Helena Serena, Clara Lima, Avinny e Cynthia Luz. Além das DJs Lys Ventura, Tati Laser, Anazú, Lia Macedo, Gab Hebling e Shonda. Mas não foi o que aconteceu, após diversos atrasos os shows de Clara Lima e Sambaiana com Paula Lima foram cancelados. 

Vozes da cena alternativa no interior

A primeira atração a subir no palco foi Avinny, representando o trabalho autoral da cidade. Ela apresentou canções conhecidas da música brasileira e algumas composições próprias. Durante os intervalos, o time muito bem escolhido de DJs animava o público enquanto aguardavam a próxima atração. O repertório era bem eclético e misturava música brasileira e internacional.

Em seguida foi a vez da Filipe Catto, com seu show do álbum Belezas são coisas acesas por dentro, em homenagem a Gal Costa. Em uma apresentação cheia de energia rock tocou clássicos da Gal, como “Dê um rolê” e “Baby¨. Em seguida Cynthia Luz ocupou o palco com seu rap mineiro. A cantora relembrou a época que morou na cidade. 

Uma das mais aguardadas da noite era Céu, que trouxe para o interior o show do seu mais recente álbum Into My Novela. Com uma banda bem entrosada tocou “Cremos, “Into My Novela” fazendo o público dançar. Em “Gerando na Alta” explicou sobre a música que fala da importância das amizades. Mas os clássicos não ficaram de fora e para alegria de todos tocou “Malemolencia”.

Imprevistos podem acontecer, mas os shows apresentados foram muito bons, e que acredito nos próximos possam ser corrigidos. A parte isso, vale ressaltar que o festival trouxe música alternativa, o que é raro em cidades fora da capital. Além disso, ao montar um line up 100% feminino dá visibilidade para artistas que quase nunca escalados em eventos assim. Outro ponto a se destacar é valorização do artista local. O interior precisa de mais iniciativas como essa.

Categorias: Coberturas Notícias