Texto por Joana Söt 

Foi em plena segunda-feira, 11, que a casa de shows Audio, na Barra Funda, deu espaço aos bielorrussos do Molchat Doma para o revival já mais que estabelecido do dark na música internacional. A banda, que recebeu como show de abertura os caras do Jenni Sex – banda pós punk de São Paulo, eletrizou o público já antes de sequer subirem ao palco, com muita música eletrônica no entre-shows. O show de abertura, performado por Jenni Sex, instaurou no palco a nostalgia do synth-wave dos anos 80 e preparou os fãs para a atração que se seguia.

O público aplaudiu e dançou durante toda a performance, que contava com jogos de luz excepcionais acompanhando os sons da bateria eletrônica mesclada e sintetizadores com as guitarras de Komogortsev e Pavel Kozlov, e a voz hipnotizante e nostálgica de Egor Shkutko. 

Shows como esses deixam mais clara a volta de alguns gêneros musicais criados no século XX, que hoje se encontram cada vez mais acessíveis e atualizados para um público mais novo da geração Z. Molchat Doma é uma dessas bandas que trazem consigo a aura de um gênero de forma clássica e original, cativando tanto os amantes dos clássicos New Order e The Cure, até aqueles que – mesmo com trajes góticos – dançaram ao som do remix de “Old Town Road” antes do show começar, demarcando na nova geração um leque de experiências musicais proporcionadas pela internet e acesso rápido à informação global, que nossos pais não tiveram nos anos 80 e hoje se mostram evidentes no cenário musical.