Texto por Joana Söt

A noite começou com um clima melancólico nas ruas próximas ao Cine Joia, na Liberdade. Ao mesmo tempo que as pessoas estavam ali reunidas para um show esperado por muitos, especialmente os fãs de longa data do Tortoise, era praticamente impossível a não percepção do clima preocupante em relação às tragédias do Rio Grande do Sul.

Da porta de entrada com caixas de doação de mantimentos para o estado, até o fumódromo da casa com ligações combinando carreto para Porto Alegre (sério, isso aconteceu), e até mesmo alguns sotaques do sul, a atmosfera se fez presente por praticamente toda a noite, de modo que o show do Tortoise em si já representasse uma promessa de catarse aos presentes.

Com o palco tomado por instrumentos em sua totalidade, logo avistamos as sete cabeças (os cinco membros da banda e mais dois responsáveis pela completude sonora das cordas e arranjos) por trás do espetáculo, sendo seis delas já grisalhas, assim como parte do público. E assim, numa viagem de volta ao ano de 1998, 25 anos atrás, a casa foi embalada pelo som quase progressivo de TNT (1998).

A setlist não era segredo: a banda tocou, mesmo, na íntegra, o álbum TNT, nomeado depois de uma conversa dos integrantes enquanto ouviam a icônica música do AC/DC. Por entre palmas, gritos, e até lágrimas por parte da plateia, a completude e perfeccionismo com qual a banda – e a casa de shows – trouxeram o álbum foi uma explosão de sentimentos nostálgicos e emoções complexas – adjetivos estes que eu, de forma até humilde e simplista, usaria para definir essa experiência por tempos a vir. 

Nosso colaborador Thiago Vidal também esteve no show e registrou o momento com fotos exclusivas. Confira nossa galeria de fotos logo abaixo.

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