Entrevista e texto por Joana Söt

Na última segunda-feira, 29, LAUREL lançou o single “45 Degrees”. A artista em ascensão no mundo pop conversou com o Mad Sound e, esbanjando simpatia e uma aura angelical incomum aos ingleses, mergulhou no universo do novo disco com palavras que envolvem até o maior crítico de música pop numa viagem sem fim rumo ao novo álbum, Palpitations, previsto para 14 de junho.

Leia a entrevista completa abaixo:

Mad Sound: “45 Degrees” é claramente um hit de verão. O que essa música significa para você?

Laurel: É a minha música favorita! Ela é tão feliz, me lembra o verão e não ter limites com seu amor – aquele amor meio louco mas no bom sentido. Quando ouço “45 Degrees” tenho uma sensação super nostálgica. 

MS: Os primeiros singles de Palpitations são super pop, mas seguem uma linha mais alternativa de power e synth pop. Como você define seu som? 

Laurel: Eu considero minha música indie pop. Eu amo música com violão, e acho que isso aparece bastante no meu novo álbum. Mesmo assim, ainda existem os elementos synth no meio de tudo. 

MS: Sobre esses glimpses que estamos recebendo de Palpitations, parece que a euforia e a busca incansável de algo são temas recorrentes em “Wild Things” e “Burning Up”. Essa temática é presente na sua vida atualmente também, ou faz parte de uma narrativa fictícia?

Laurel: Esse tema é super presente na minha vida. Eu sou uma pessoa super intensa, no jeito de amar, no jeito de criar. Quando eu comecei a criar o mundo de Palpitations eu estava numa busca. Foi naquele momento pós-pandemia e também na minha mudança para L.A., então queria muito encontrar a paz nesse mundo extremo e cheio de energia. É uma boa tradução daquele momento para mim, sinto que parte da minha personalidade é querer descobrir tudo, o tempo todo.

MS: Vamos falar sobre moda. A gente sabe da sua relação com esse universo, em colaborações com a Burberry, Vivienne Westwood, etc. Seus figurinos nos clipes são absurdos! Qual é o processo criativo por trás deles? Você costuma ter voz ativa na produção dos seus clipes?

Laurel: Com certeza! Quando eu comecei a pensar na parte visual, eu assisti meus vídeos antigos e fiz algumas pesquisas, e cheguei à conclusão de que eu queria algo bem DIY (do it yourself). Eu já tive equipes fazendo meu cabelo, minhas roupas, etc. E dessa vez fiz muita coisa sozinha e com meu noivo. É uma das minhas coisas favoritas na verdade, e explorar essa paixão na parte visual foi lindo.

MS: Nos clipes de “Wild Things” e “Burning Up” existe um ponto em comum, que é sua relação com os espaços. Num você está na natureza, e em outro na cidade. É uma coincidência ou existe algum conceito para Palpitations?

Laurel: Foi super pensado nesse contexto de vida em que eu estava inserida. Na mudança, em ver todo aquele cenário de deserto na Califórnia – nós não temos isso na Inglaterra [risos] -, nas minhas pesquisas e descobrimentos sobre mim mesma. O cenário tem tudo a ver com a minha música.

A capa com o cabrito veio numa dessas pesquisas visuais, eu estava vendo tantos vídeos de animais bebês e só pareceu certo. Na capa, ele representa algo puro e inocente, enquanto o musgo representa essa coisa suja, urbana, caótica. Tem a ver comigo mesma, mas sempre nesse movimento externo. 

MS: Por fim, acho que todos nós fãs queremos saber: O que podemos esperar de Palpitations

Laurel: Acho que o álbum tem a ver com equilíbrio e crescimento. São meus dois lados, o extremo e o íntimo, é super intenso, ele se move para todo o lado, e se parece com meu diário e no que eu vivi nesses últimos anos. Mal posso esperar para todos ouvirem!

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