Nos últimos anos, a banda Rare Americans vem adquirindo bastante reconhecimento e sucesso dentro da cena do rock, além de angariar uma grande legião de fãs.

Mais recentemente, o grupo lançou seu novo álbum, The Human Animal, além de já terem sido indicados ao Juno Awards na categoria “grupo revelação do ano”, que para aqueles que não conhecem, é uma premiação semelhante ao Grammy Awards.

Em entrevista exclusiva com o Mad Sound, o vocalista James Priestner conversou sobre o novo registro, as animações características, planos futuros e mais!

Além da popularidade que eles ganharam ao longo dos anos, eles também são responsáveis por manter uma boa frequência de lançamentos, tendo lançado 5 álbuns  nos últimos 5 anos. 

“Acho que se resume a gostarmos de escrever músicas”, explica o músico. “Essa é a parte mais divertida do que fazemos, e a parte que mais gostamos é, na verdade, criar a música. Então, temos sido uma banda bastante prolífica. Sabe, escrevemos músicas bem rápido, e é algo que eu diria que geralmente gostamos. E então conseguimos manter um ritmo constante ao longo dos anos.”

Um elemento bastante interessante que a banda utiliza para completar a sua estética, são as animações: “No começo, decidimos que queríamos ter uma forte presença visual. Então, no nosso primeiro álbum, tentamos vários vídeos live action e um vídeo animado. E pareceu que o vídeo animado realmente se destacou, e os fãs realmente gostaram do tipo de combinação da narrativa e da animação.” 

“Então, a partir daí, decidimos, para o segundo álbum, nos comprometer com a animação. Fizemos três vídeos inicialmente, e eles foram muito bem online. Um deles se tornou extremamente viral. E a partir daí, meio que nos comprometemos com a animação como um todo. E isso tem sido uma parte única do Rare Americans. Fizemos muitos fãs também por meio das animações e da narrativa, tanto quanto por meio da música.”

Sobre a indicação ao Juno Awards, Priestner descreve como uma validação e um reconhecimento por parte da indústria musical do Canadá: “Eu diria que o Rare Americans conquistou seguidores no mundo por meio de fãs e do boca a boca com nossa forte base de fãs, mas não recebemos muito apoio da indústria musical. Eu sinto que a indústria musical não sabe em qual caixa nos colocar.”

“Eles nos veem como um pouco estranhos, talvez, ou não convencionais. E então, sim, não tínhamos recebido muita imprensa ou rádio ou coisas assim, então, você sabe, foi legal finalmente sermos reconhecidos pela indústria musical, e foi tipo, ‘oh, uau, eles sabem quem somos. Incrível.’ E então foi um pouco de validação e um bom motivador de que estamos no caminho certo.”

Sobre o futuro, o vocalista falou sobre algo interessante que está por vir: “Temos outro projeto que já concluímos, na verdade chamado S(KIDS), que é um musical punk rock animado de longa-metragem, com o qual estamos realmente animados. Trabalhamos nesse projeto por cerca de dois anos, e esse projeto dará continuidade a este até o final deste ano, início do ano que vem.”

Porém, ainda não há uma certeza de a banda vir ao Brasil, mesmo que seja um desejo: “Acabamos de começar a construir uma base de fãs na América do Sul. Então, esperamos que isso continue a crescer, e espero que em algum momento do ano que vem, quando tivermos a indicação de que temos uma base de fãs suficiente lá, possamos vir e fazer uma turnê.”

Quando perguntado a respeito de artistas brasileiros que ele poderia ter como inspiração ou referência, Priestner não falou os mais óbvios, como Sepultura, Seu Jorge ou Antônio Carlos Jobim, mas sim o Little Joy, que conta com Rodrigo Amarante, do Los Hermanos, em sua formação, além de Fabrizio Moretti, do The Strokes, e Binki Shapiro.

Essa entrevista foi facilitada por Vinícius Costa.

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