No começo de maio, o Spotify anunciou que iria remover músicas com conteúdo de violência ou ódio da plataforma, e também afirmou que não iria mais promover artistas que demonstrassem uma “conduta de ódio”. Mas, nesta sexta-feira, 1º, a empresa voltou atrás em parte da decisão e disse que não irá mais julgar o comportamento dos músicos.

A segunda máxima da decisão tinha atingido nomes como R. Kelly e XXXTentacion, que não foram removidos do serviço de streaming, mas retirados de playlists oficiais do Spotify. Isso porque ambos foram acusados de violência doméstica, e Kelly também de assédio sexual.

Alguns nomes importantes da música começaram a questionar a posição de “polícia da moral” da empresa. Por isso, em 24 de maio, após discursos de artistas como Kendrick Lamar, o Spotify recolocou o XXXTentacion nas playlists oficiais. No último dia 30, em uma rara entrevista durante a Code Coference, do site norte-americano Recode, o diretor executivo da companhia Daniel Ek admitiu que a decisão foi um erro e que o Spotify “podia ter feito um trabalho muito melhor”.

“Acho que o nosso objetivo era abolir discursos de ódio”, disse. “Não queríamos ser uma polícia da moral, ditando quem fez certo ou errado. (…) Nós somos uma plataforma, queremos arte, queremos expressar opiniões diversas. Não queremos julgar.”

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