Depois de 5 anos, Céu lançou no dia 26 de abril seu sexto álbum, Novela. O disco foi produzido pela própria Céu junto com seu parceiro de longa data Pupillo e o lendário Adrian Younge, famoso por trabalhar com grandes nomes do hip-hop como Kendrick Lamar, Snoop Dogg e Wu Tang Clan. O disco conta com várias composições em parceria, entre eles Marcos Valle, Nando Reis, Lucas Martins e até com o pastor Kleber Lucas.
Os músicos que participaram da gravação foram Adrian Yonge nos teclados e arranjos de cordas, Pupillo na percussão, programação e bateria e Lucas Martins no baixo e composição. A gravação foi feita em Los Angeles de maneira analógica, com todos os instrumentos e vocais capturados em fita e processados em placas analógicas.
Céu faz uma mistura de música brasileira e ritmos internacionais
O disco é composto por doze músicas em que a cantora continua a se reinventar. Ele inicia com a dançante “Raiou”, uma parceria com a MC e compositora norte-americana Ladybug Mecca, que tem pais brasileiros. A melodia revisita o soul dos anos 70, mas repaginada para a atualidade. “Gerando Na Alta” celebra a amizade entre mulheres, com participação da Franco Senegalesa Anaiis. A melodia se mistura à voz suave de Céu em portugues e do inglês de Anaiis.
O álbum conta com músicas bem dançantes no caso de “Cremosa” e “Into My Novela”. Essa última, parceria com o músico americano Loren Oden. Já na “High Na Cachu”, a cantora segue dançante, mas flerta com o reggae. Por outro lado, as faixas “Crushinho” e “Mucho Ôro” são baladas românticas.
Na única faixa que Céu não participou como compositora, temos Nando Reis e Kleber Lucas. Nela a cantora dá voz a uma bela canção romântica. A parceria com o Marcos Valle ficou para o final do disco, na forte “Reescreve”, que traz na letra uma reflexão sobre a história do Brasil.
Numa mistura elegante de música brasileira com soul e ritmos internacionais, Novela consolida Céu como uma grande representante da música indie brasileira contemporânea. Em um disco produzido no analógico, a frase do escritor argentino, Enzo Maqueira se encaixa bem: “O analógico é um processo, um desenvolvimento, a soma de acasos que desembocam num resultado”. Mas no caso desse novo álbum da Céu, acredito que com o controle do processo analógico por pessoas talentosas, não foi ao acaso o resultado incrível.
LEIA TAMBÉM: Descubra o soft rock do manauara Zekrdoso