Sabrina Carpenter foi, durante uma parte de sua vida, atriz da Disney. Deixando esses dias para trás, ela agora aposta na carreira de cantora, tendo já lançado outros álbuns, mas agora, provavelmente em seu momento mais popular até então, ela lança Short n’ Sweet.
Dona de uma voz cativante e um visual icônico, a vocalista começou a ganhar mais popularidade após ser o ato de abertura da The Eras Tour, turnê de Taylor Swift.
Após isso, ela conseguiu emplacar dois grandes hits com esse novo projeto: “Espresso” e “Please Please Please”, que alcançaram altos números na Billboard, além de terem viralizado nas redes sociais, com usuários gravando vídeos e gerando, até mesmo, diferentes trends.
O sexto álbum da carreira, Short n’ Sweet é, talvez, o mais constante que Carpenter já lançou. Fazendo parte dessa nova geração de artistas pop, ela se destaca e consegue conversar com um público jovem por meio de boas faixas, bons shows e presença de palco marcante.
As letras, com uma levada de flerte e batidas viciantes, empolgam aqueles que escutam, mas não só isso. A voz de Carpenter é suave e tem uma característica bastante própria e que, mesmo com pouco tempo de audição, torna-se possível identificar quem está cantando.
A levada que a faixa introdutória de Short n’ Sweet, “Taste”, tem é agradável, com uma boa melodia e, provavelmente, irá se consagrar como uma das mais icônicas do álbum, mas não por ela em si, mas sim por conta de seu videoclipe.
Protagonizando uma batalha contra a atriz Jenna Ortega, esta não é a única faixa com um videoclipe icônico da cantora neste novo registro. “Please Please Please” é outra que também traz uma história interessante a ser contada. Diferentemente da anterior, a segunda faixa do registro, lançada anteriormente como o segundo single, precisa ser escutada algumas vezes até ser melhor digerida e então, apresenta-se como uma das melhores desse novo registro.
Carpenter apresenta, ao mesmo tempo, vocais suaves e potentes. Seu alcance vocal é grande e possibilita-lhe entregar performances diferentes e que marcam presença. Apesar de contar com 12 músicas, Short n’ Sweet é um álbum de pouca duração, com apenas 36 minutos.
Apesar da maior parte das músicas serem boas, “Good Graces” é uma faixa um tanto quanto genérica e, mesmo que curta, torna-se cansativa, muito por conta dos elementos mais eletrônicos em que a faixa utiliza-se.
O mesmo volta a repetir na faixa seguinte, “Sharpest Tool”, a qual poderia ter muito mais destaque se ela não se apoiasse nisso.
Em compensação, o violão que acompanha Carpenter em “Sharpest Tool” cria todo um diferencial e uma boa ambientação para que a faixa possa ir se desenvolvendo de uma maneira bastante interessante. Outro elemento interessante utilizado no álbum são os falsetes em “Bad Chem”, responsáveis por diferenciar a música das demais.
Algo que não pode ser duvidado a respeito de Short n’ Sweet foi a capacidade de trazer refrões que grudam à mente, sendo repetitivos até a exaustão. Exemplo disso é “Espresso”, que já acumula mais de 1 bilhão de streams no Spotify.
O álbum muda por completo quando chega a vez de “Dumb & Poetic” e Carpenter solta a sua voz, permitindo o ouvinte sentir toda a sua potência, além de muita presença. A música é lenta, em uma balada emocionante, mas curta, quase como uma pausa entre uma faixa e outra.
Com elementos country, “Slim Pickins” segue na mesma linha de uma faixa menor, com pouco mais de 2 minutos de duração, que poderia ter sido melhor desenvolvida, mas que está longe de ser uma música ruim.
Após as duas últimas citadas, o álbum retorna ao estilo principal que vinha seguindo com “Juno”, quando Carpenter performa um dos melhores refrões do trabalho.
Encaminhando-se para o final, as duas últimas músicas do álbum são “Lie To Girls” e “Don’t Smile”.
Com Short n’ Sweet, Sabrina Carpenter demonstra-se como uma das melhores artistas pop dos últimos anos, em um trabalho conciso e preciso. Há algumas coisas que ainda há a possibilidade de evoluir, como uma certa semelhança entre as músicas, mas ela desponta em um cenário no qual muitas faixas genéricas são feitas.
Apesar de contar com hits que viralizaram, em especial no TikTok, é possível perceber que elas não foram elaboradas com o intuito de serem produtos massificados, com o único objetivo de angariar visualizações.