Todo mundo sabe que o pop punk voltou e está a solta, aterrorizando qualquer fã old school por aí. O ano foi repleto de lançamentos geniais, alguns que se misturaram com o emo revival, já outros escolheram inovar completamente em seus próprios mundinhos. 

Claro que é difícil escolher quem se saiu melhor em 2021, mas é mais difícil ainda não mencionar alguns dos maiores destaques deste ano na cena. Confira os 5 melhores álbuns de pop punk pela equipe do Mad Sound:

05. Fiddlehead – Between the Richness

Desde sua formação como um projeto paralelo em 2014, o Fiddlehead se tornou a banda mais amada do vocalista Pat Flynn desde Have Heart, assim como a primeira a sair da cena hardcore. O tanto de amor e reconhecimento que a banda vem recebendo é graças ao álbum de 2021, Between The Richness

O álbum vem de uma série de influências de indie rock, emo e post-hardcore dos anos 90, mas Fiddlehead sempre cai em algum lugar no meio de tudo isso, mas nunca se encaixando numa única categoria. Pat ainda traz a energia que trouxe para suas bandas de hardcore, porém, agora com maior foco na melodia e em relação a prática da contenção de uma forma que ficaria fora do lugar em um álbum do Have Heart. Between The Richness reflete a experiência do frontman, tanto no vocal, como nas palavras, flutuando em sabedoria.

04. Tigers Jaw – I Won’t Care How You Remember Me

I Won’t Care How You Remember Me é o sexto álbum do Tigers Jaw, mas parece um novo começo. Depois que três integrantes da formação clássica saíram, os membros restantes Ben Walsh e Brianna Collins gravaram Spin de 2017 como uma dupla. O álbum provou que Tigers Jaw poderia começar um novo capítulo em sua carreira depois que sua formação teve um grande sucesso, mas em grande parte é apenas um disco de transição. 

O novo álbum de 2021 é o recomeço completo que a banda precisava. É o primeiro em que Ben e Brianna gravaram com o baterista Teddy Roberts e com o baixista Colin Gorman, com quem eles tocaram ao vivo por anos antes deste lançamento. No fim, eles se desenvolveram como uma banda compacta de quatro integrantes, completando um ao outro de forma incrivelmente natural. A produção foi feita por Will Yip, nome renomado da cena e que já produziu para a banda antes. A cada música que passa, parece que eles estão se desafiando para ficarem cada vez melhores.

03. The Home Team – Slow Bloom

The Home Team lançou Slow Bloom, um álbum que, a princípio, não dava muito, mas se ouvir com atenção, dá para perceber uma criatividade elegante dentro de uma proposta pop punk clássica. Slow Bloom possui um certo charme, com refrões grudentos mas não enjoativos, com caráter mais potente e eletrizantes. 

Todos os elementos são colocados de uma forma que parece pedir para o ouvinte ficar ali por um tempo, ao menos o suficiente para absorver e entender a dinâmica do álbum. Em seu próprio ritmo, com breves momentos para recuperar o fôlego, há pura explosividade, sem descarrilar a energia em nada e determinados momentos de lentidão. Cada pequeno elemento junta-se em cada faixa para criar algo que te agarra pelos tímpanos e se recusa a deixar você parar de dançar. 

02. Citizen – Life In Your Glass World

Citizen cobriu uma vasta área musical ao longo de sua carreira. A banda teve várias referências óbvias de post-hardcore, pop punk, indie rock e até shoegaze presentes em seus álbuns. Em meio a tudo isso, uma forte confiança nas qualidades sinceras de emo e em Life In Your Glass World, Citizen mais uma vez colocou todas as suas emoções em jogo. É um álbum que vale a pena ser ouvido de cabo a rabo diversas vezes por sua consistência, que chega a ser recompensadora.

Um álbum composto e bem pensado, Life In Your Glass World não quebra expectativas de um álbum de pop punk (mas isso nem chega a ser a proposta, ao menos não desta vez). Mas, em todo caso, Citizen mostra que é uma banda talentosa operando com plena confiança e fé em seu ofício.

01. WILLOW – lately I feel EVERYTHING

Willow Smith encontrou um novo lado de sua personalidade. Mais conhecida pela ousadia que vem de seu nome todo em letras maiúsculas, WILLOW, a jovem de 20 anos tomou o público de supetão ao lançar o viciante hino de pop punk “t r a n s p a r e n t s o u l” com Travis Barker, do blink-182, em abril. Agora, na metade de julho, a filha mais nova de Jada Pinkett e Will Smith chega com seu quinto álbum de estúdio, lately I feel EVERYTHING.

As iniciais do título formam o acrônimo “life”, ou “vida”, em português, e o disco é um resultado da mistura de emoções que Willow experimentou durante o período de quarentena em 2020 – assim como um mix dos gêneros musicais que ela ouvia e que sentia que “coexistiam de um modo muito bonito”. Pela primeira vez em sua carreira, a cantora abraçou os subgêneros do rock.

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