Texto por: Joana Söt

Não existe banda no mundo como Bring Me The Horizon. Passear pela discografia da banda (e consequentemente pela mente brilhante e perturbada de Oliver Sykes) é explorar uma gama de emoções em uma intensidade sincera quase insuportável.

A banda inglesa, mais conhecida pelo álbum post-hardcore Sempiternal, explora diferentes gêneros musicais (desde o metal até o pop e o eletrônico, com parcerias como Grimes e Halsey), mas nunca deixa para trás os fãs de moshpits, e na última sexta-feira, a banda tocou os sucessos mais pesados da discografia, abrindo o show com “Can You Feel My Heart” e visuais inovadores nos telões, em projeções que amarravam o show todo numa espécie de viagem robótica, futurista, e distópica. 

Oliver Sykes é a mente brilhante responsável por tudo isso: produtor, vocalista, estilista e muito mais, o inglês (que é metade brasileiro com direito à CPF pelo casamento com a artista musical e modelo Alissa Salls), verdadeiramente nos leva a uma jornada por dentro dos sentimentos mais nebulosos e doloridos da existência humana de um jeito quase religioso. “MANTRA”, “Follow You”, “Drown”, eAntivist”, que contou com a participação da lenda Pabllo Vittar, abriu pelo menos 10 rodas de mosh durante o concerto, levando a plateia toda da pista (e até a galera das cadeiras superiores) a loucura num espaço de extrema união. Por entre frases desengonçadas no português icônico de Sykes e a bandeira LGBTQIA+ sempre na mão do vocalista, BMTH mostrou que o metal e o hardcore contemporâneo se faz com todes, sob uma única condição: ser você mesmo.

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