Kekko Fornarelli, nascido em Bari, na Itália, é pianista, compositor e produtor. O artista possui um estilo único, caracterizado pela tentativa de criar música para ser observada, além de ouvida.
Em suas músicas, há uma forma particular e muito pessoal de contar histórias, expressar emoções e “pintar” situações. Ainda, existe uma suave combinação das idéias mais modernas do norte da Europa com o lirismo neoclássico, filtrada por seu ambiente mediterrâneo quente.
O álbum mais recente lançado por Kekko, Anthropocene, fala sobre o conceito do ser humano e a relação com o mundo que o cerca, sobre as interações sociais e as consequências de sua evolução/invasão. É um tipo de música autêntica e estilística. Cada canção faz com o que o ouvinte se prepare para uma emoção exata, colocando-a num quebra-cabeça que compõe o macroconceito. Isso, é claro, combinado ao visual, que tem por objetivo se encaixar por igual.
“É um álbum diferente, muito diferente dos que lancei nos últimos 10 anos. É filho de humores, emoções, pensamentos, vivido e metabolizado nestes dois longos anos de isolamento”, disse Kekko Fornarelli. “Uma gravação que me representa muito, como nunca antes, e na qual toco quase inteiramente sozinho… como nos últimos dois anos. Uma obra que nasceu como banda sonora de imagens precisas e que, em breve, terá um live imerso nessas imagens tão poderosas”.
Nas dez composições originais, Kekko Fornarelli entra em cinco peças feitas por Leo Gadaleta (cordas em “Anthropocene” e “Ask The Dust”), Rossella Racanelli (vocais em “The Day Came”), Andrea Fiorito (bateria eletrônica em “You can’t Understand”), Roberto Cherillo (vocal em “All My Life”).
O álbum foi precedido de uma estreia cinematográfica com o curta Shadow, um projeto multimídia entre a música e a dança que contou com a participação da bailarina e coreógrafa Elisa Barucchieri.
O cruzamento entre o som e a dança é a base de uma nova ideia de arte, que redescobre o verdadeiro sentido de si mesma, entre luzes e sombras, aparência e realidade, beleza e fragilidade. “O Anthropocene é um álbum que desejei fortemente que tivesse uma ligação firme com as imagens, pela mensagem, por um propósito cinematográfico: o do cinema, é um mercado que estou há algum tempo”, afirmou Kekko.
*Kekko Fornarelli participou da Semana Internacional de Música (SIM), que aconteceu entre os dias 1 e 5 de dezembro em São Paulo.