O rapper Kendrick Lamar é provavelmente o artista mais relevante da atualidade. Idolatrado por fãs e críticos, Lamar venceu o Pulitzer e, esse ano, ainda concorreu ao Oscar de Melhor Música Original.

Ele subiu ao palco do Lollapalooza para uma plateia devotada. E, como agradecimento, fez um show curto, mas frenético. A maior parte do lineup foi composta por faixas do disco mais recente, Damn, que narra o racismo na América e a introspecção sobre conflitos sociais e emocionais.

Começando com “D.N.A.”, colocou o público para pular e berrar todas as rimas. O show foi diametralmente oposto à falta de energia apresentada pelo headliner anterior, Kings Of Leon. A banda que acompanha o músico, escondida atrás do telão, é talentosíssima e casa perfeitamente com a performance explosiva e afiada de Lamar.

O show também teve momentos de reflexão, em faixas como “XXX”, respeitados pelo público que entendia todo o peso da letra. A música narra o assassinato de um garoto negro nos Estados Unidos. Em momentos como em “Humble”, até quem não conhecia muito do rapper cantou, pulou e jogou os braços para cima.

Kendrick não interage muito, mas cria o clima perfeito e a conexão com a plateia, que sabe estar vendo um evento único. O rapper não permitiu que o show fosse transmitido pela televisão. E só estando lá para experimentar o poder da música e do cantor.

Lamar une o político e o introspectivo de forma ímpar e prova que o rap precisa de mais espaço nos festivais. O maior rapper do mundo atual, com beats ambiciosos, flow e lírica revolucionários, mostrou a razão do rap ser o gênero mais importante do momento.

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