Texto por: Pedro Fernandes

O espaço Qualistage se encontrava cheio uma hora antes do espetáculo começar. Liam Gallagher, o eterno frontman da banda Oasis, apareceu no palco mantendo sua fama de “bad boy” e iniciou o show com “Morning Glory”, single do segundo álbum da sua antiga banda. 

Os fãs pularam e gritaram muito durante a canção, acompanhando os riffs de guitarra da eterna música de abertura dos shows do Oasis. Nesse momento a banda de apoio do irmão Gallagher mostrou-se muito eficiente e empolgada com a reação do público que estava no local. 

Logo em seguida, o aclamado vocalista tocou “Rock n’ Roll Star”, outro famoso single do primeiro álbum da sua antiga banda, mantendo o público agitado, cantando alto, mostrando seus cartazes e bandeiras do Manchester City, time do coração de Liam Gallagher. Em seguida o rockstar inglês cantou algumas músicas da sua carreira solo, mantendo sua potência vocal mesmo com menor empolgação da plateia. 

A balada romântica “Stand By Me”, single do terceiro álbum do Oasis, fez com que o público cantasse tão alto que se tornou difícil escutar a voz do frontman inglês. Diferindo dos públicos atuais de shows do rock, os fãs presentes a todo momento participavam do espetáculo, puxavam coros em nome do cantor, pulavam, e mostravam seus chapéus iguais ao do vocalista, o qual é uma de suas marcas registradas.

A música da carreira solo que mais animou os fãs no local foi a famosa “Once”. Todos os presentes sabiam a letra como se fosse um single melódico da antiga banda de Liam. Camarote e pista comum entonavam um coro e impressionaram o inglês durante o refrão da canção. 

Durante o show, o vocalista fez questão de enaltecer o jogador Zico, dizendo que o mesmo foi o maior jogador da história do Brasil e que possuía uma grande admiração por ele. O público carioca respondeu de maneira muito positiva aplaudindo fortemente a afirmação do cantor. 

O final do show emplacou cinco singles do Oasis de maneira seguida: “Some Might Say”, a apoteótica “Supersonic”, o maior hit da banda “Wonderwall”. Após o bis, o frontman e sua banda de apoio cantaram “Live Forever” e “Champagne Supernova”, dobradinha que fez com que grande parte da plateia chorasse de emoção. 

A setlist seguiu o modelo do show na cidade de São Paulo, no entanto diferiu de outros shows sul-americanos como o que a banda realizou na Argentina, onde Liam deixou o hino “Supersonic” de fora do espetáculo. 

Mantendo sua pose de “bad boy” Gallagher encerrou um show memorável, onde entregou grandes hits de sua antiga banda, mostrou a potência do seu trabalho solo e da sua eficiente banda de apoio. Apesar de demonstrar uma certa apatia digna de um vocalista inglês, o mesmo foi recebido de maneira intensa e ao final do show apelidou o público de “bíblico” e “dos deuses”, prometendo voltar ao país.

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