Texto por: Joana Söt

A banda pós-punk londrina SHAME botou – mais uma vez – os fãs da banda para dançar no último sábado, 12, na Fabrique, em São Paulo. Os meninos, que já eram conhecidos por terem feito 2 shows em 2019 completamente fora da curva em termos de presença de palco e relação com o público, não deixaram a desejar neste fim de semana.

Em 2018 a banda inglesa lançou o aclamado Songs of Praise, álbum que em 2019 rendeu um dos melhores shows que São Paulo já viu na última década, cheio de energia e nostalgia do que realmente se passa em clubes underground da contracultura inglesa nos anos 80 e 90 – mas traduzidos aos dias atuais. Em 2021 a banda lançou o álbum ‘Drunk Tank Pink’, que apenas consolidou a banda como uma das maiores referências da cena pós-punk, não só na Inglaterra, mas no mundo todo, juntamente com IDLES e Fontaines D.C.

Contando com sucessos de todos os álbuns e os hits ‘’One Rizzla’’, ‘’Concrete’’, e ”Alphabet”, Charlie Steen não parava de olhar a plateia por um minuto, envolvendo os fãs ali presentes numa espécie de transe direto entre a banda-público. Dos vários movimentos hipnotizantes do vocalista, tivemos no sábado o mesmo se jogando na plateia, convidando fãs a se jogarem no crowdsurf com ele, além de dar um show na bancada do bar da casa, e claro: muito, mas muito contato direto com a galera do front. Nem preciso comentar das rodas de mosh, né?

Com apresentações assim, a banda realmente cria uma base de fãs que não apenas se surpreende com o som intenso e bem desenvolvido na releitura do punk londrino aos dias atuais, mas também espera sempre a presença explosiva de Charlie, Eddie, Josh, Sean, e Charlie Steen.

Pra quem ainda não entendeu a energia desta resenha, proponho assistir a apresentação histórica da banda no Breve em 2019:

A banda se apresenta novamente nesta segunda-feira, 14, na estreia do palco intimista do novo Bar Alto, em Pinheiros, numa apresentação extra promovida pelo selo Balaclava. O show promete! Quem aí vai?

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