Sigrid, cantora pop norueguesa, finalmente se apresentou pela primeira vez em São Paulo, na última quinta-feira, 23.

Fãs já aguardavam na fila horas antes da abertura da casa, mesmo o Cine Joia sendo um local bem pequeno e até mesmo quem está perto da porta tem uma ótima visão do palco. Isso já era um sinal do entusiasmo que o público mostraria durante o show.

Abertura com Gab Ferreira

Pouco antes das 20h, a artista brasileira Gab Ferreira subiu ao palco para o show de abertura.

Apesar de ser menos conhecida pelo público que aguardava ansiosamente pela atração principal, o pop atmosférico de Gab foi muito bem recebido com aplausos, assobios e uma boa resposta da plateia.

Mostrando uma boa potência vocal e entusiasmo por se apresentar antes de Sigrid, da qual também é fã, Gab Ferreira fez um ótimo show, que deu vontade de conhecer mais do trabalho da cantora.

Nos trinta minutos que antecederam a entrada de Sigrid, a espera foi embalada por uma playlist com músicas de artistas como Taylor Swift, Tame Impala, The 1975 e Jessie Ware.

Sigrid e plateia entusiasmados

Sigrid entrou no palco sem maquiagem, de calça jeans, regata e tênis, um visual incomum para cantoras pop, que costumam trabalhar toda uma estética própria para se destacar também visualmente. 

O visual pode não ter sido de um show de “diva pop”, mas certamente Sigrid tem o talento para comover uma plateia e agitar um show esgotado.

A apresentação começou com “It Gets Dark”, canção que já foi acompanhada de um coro altíssimo do público desde o primeiro segundo. Assim como a sucessora, “Burning Bridges”, que transformou o local em uma pista de dança.

Antes de “Plot Twist”, Sigrid interagiu com o público brevemente pela primeira vez, dizendo que atendeu aos pedidos de “please, come to Brazil” (por favor, venha para o Brasil) e veio para cá.

Foi somente na quarta música, “Everybody Says They’re Fine” e seu refrão que lembra o pop rock dos anos 2000,  que o público pareceu mais calmo, e foi provavelmente o momento menos eletrizante do show – e mesmo assim longe de ser desanimado.

Não havia escolha melhor para elevar a energia novamente do que “Sucker Punch”, em que era visível a alegria do público e de Sigrid. O show seguiu eufórico com “Mine Right Now”e “High Five” e “Head on Fire”.

Sigrid parou novamente para interagir com os fãs antes de anunciar mais uma “sweaty song” (música para suar) e dizer que está trabalhando no seu terceiro álbum. E então foi a vez de “Borderline”, que faz parte de The Hype, último EP que ela lançou.

“Never Mine” fechou essa parte do show e foi o quando a cantora apresentou a banda, antes de dar início ao momento acústico. Ao introduzir “Dynamite”, Sigrid brincou que poderia haver choro, inclusive dela, o que acabou de fato acontecendo. A artista não conteve a emoção proporcionada por uma plateia tão envolvida e envolvente.

“Bad Life”, música em parceria com a banda Bring Me The Horizon, apesar de mais lenta, também encontrou um público investido e emocionado.

A terceira parte do show, com a volta da banda, começou com a adorável “Grow”, seguida de “Wanted It to be You”, acompanhada de muitas palminhas do público e reaqueceu a setlist antes da dançante “A Driver Saved My Night”.

A sequência de “The Hype”, “Don’t Kill My Vibe” e “Don’t Feel Like Crying” mostrou que a plateia ainda tinha voz, fôlego e disposição em um dos shows mais divertidos que já fui.

O bis começou com “Mirror”, e foi seguida por “Basic”, que não está na setlist oficial da turnê, mas foi um pedido dos fãs de Sigrid, lindamente atendido.

A última canção da setlist foi “Strangers”, que talvez tenha sido o momento mais animado de um show que pareceu uma festa entre a artista e os fãs.

Saí do show da Sigrid admirando não apenas o talento da cantora, que além de cantar super bem, tem uma presença de palco incrível, mas também o quanto ela demonstra amar o que faz, cantando e dançando com alegria e se deixando emocionar com a conexão que a música dela é capaz de fazer.

Confira as fotos do nosso colaborador, Thiago Vidal:

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