Góbi é nome artístico do produtor musical que aos poucos também está conquistando seu espaço como artista solo. Como produtor, ele já trabalhou com nomes como Tuyo, Sandro, Francisco el Hombre e Papisa, e desde 2020 trabalha em suas próprias composições, somando mais de 1700 ouvintes mensais no Spotify.

Os projetos mais recentes de Góbi foram feitos em tempos de isolamento e pandemia – um momento que, para muitos, serviu como uma força catalisadora de autoconhecimento e nascimento de novos projetos. Em entrevista ao Mad Sound, o produtor conta que se expressa melhor através do som, mas que, nos últimos anos, conseguiu superar sua dificuldade de composição e encontrar sua identidade sonora individual.

“Eu tinha um bloqueio para escrever, mas nos dois últimos anos me soltei e cheguei em um lugar que encontrei a minha voz na composição, além da parte estética que sempre foi claro o lugar que eu queria chegar e finalmente consegui colocar todo esse conhecimento que acumulei no tempo de produção,” conta.

Quando conversamos, Góbi tinha acabado de lançar dois singles que são parte de seu novo álbum, Maçã do Amor, que será lançado nesta quinta-feira, 01 de dezembro. As faixas “O Insensível Sou Eu” e “Quando Eu Era Seu Boy” mostram duas facetas da criatividade do artista – uma mais reflexiva e melancólica e outra mais divertida e animada. Muitas de suas inspirações vieram do soul, do funk e do groove, especialmente de Tim Maia. Além disso, Góbi diz gostar de ouvir músicas de várias décadas diferentes. “Sempre escutei muita música velha, sempre quis entender o que estava acontecendo em cada década e entender a sonoridade. Eu acho que o futuro está no passado,” reflete.

Feito durante a segunda onda da pandemia, Maçã do Amor é um disco repleto de colaborações com artistas importantes para Góbi e também amigos. Nos dois singles mencionados, ele trabalhou com Sandro, a baterista Lana Ananias, o tecladista Gabriel Quirino e Felipe Kautz, da DINGO (antes conhecida como Dingo Bells). O disco também teve direção artística de Bruno Queiroz, que além de cuidar da parte estética e visual do projeto, co-escreveu seis das oito músicas com Góbi.

“Todas as composições foram feitas em parceria. Então essas vivências se misturam e elas forçaram muito a gente a usar a imaginação numa época que estávamos muito dentro de casa,” conta Góbi. “São [histórias que] tranquilamente poderiam ter acontecido com algum amigo meu, comigo mesmo, mas que não são cem por cento uma história verídica. Acho que é muito sobre sobre fantasia. É um disco fantasioso de certa forma.”

Maçã do Amor é um projeto que une histórias “de vários tipos de amores e desamores”, segundo Góbi, e que explora várias partes de seu estilo musical. “Vai desde uma balada até um som mais eletrônico, sempre permeando essa coisa meio esfumaçada, brega chique anos 80,” explica. “São histórias de amor que são misturas de vivências.”

Com riqueza de sons e influências que viajam por várias décadas da música brasileira, Góbi inicia sua carreira solo mostrando que ainda tem muito a oferecer. Ele classifica sua música como um “pop alternativo” e detalha o que gostaria que seu trabalho representasse: 

“Quero que minha música seja algo que tem um apelo popular, quero que todo mundo entenda o que eu estou falando, sabe? Que todo mundo sinta e que passe uma energia boa pras pessoas, nem que seja através da tristeza. Quero que seja um afago. Minha última música é uma música triste, mas eu adoro escutar música triste. Isso me ajuda, é uma ferramenta.”

Descubra o perfil de Góbi através do Spotify ou em sua plataforma digital de preferência.

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