Há quase 20 anos na cena independente nacional, Garotas Suecas lançou em julho seu quarto álbum de estúdio, 1 2 3 4.
O projeto teve início em 2019 e foi pausado durante o pior momento da pandemia, em 2020. Quando retomaram as gravações, a banda revisitou o material já existente e também criou novas músicas a partir do contexto em que estavam inseridos.
1 2 3 4 traz o Garotas Suecas trabalhando em formato de quarteto (com Tomaz Paoliello, Irina Bertolucci, Fernando Perdido e Nico Paoliello) e assumindo o papel de cronistas da realidade brasileira. Em entrevista ao Mad Sound, os irmãos Tomaz e Nico Paoliello falam mais sobre o álbum e contam detalhes dos últimos 3 anos.
Confira na íntegra:
Mad Sound: Oi, pessoal! Tudo bem? Vocês acabaram de lançar o álbum 1 2 3 4 e eu queria começar falando sobre o nome do disco. Ele parece remeter ao fato de ser o quarto álbum de estúdio de vocês, mas também ao fato que vocês são quatro agora, além de lembrar a contagem da música. Vocês podem falar mais um pouquinho sobre isso?
Nico: Muitos dos motivos da gente ter escolhido esse nome são esses mesmo que você falou. A gente é um quarteto e acho que esse disco reafirma a nossa formação como quarteto. A gente quis deixar bem claro que a base da banda é essa e quisemos deixar claro nos arranjos e no jeito que as músicas foram feitas. A sonoridade da banda, pelo menos pra esse trabalho, é buscar essas alternativas que a gente tem como quarteto mesmo e cada um no seu instrumento de origem, sabe?
A gente ficou bem fixado mesmo, cada um com a sua função e tentando explorar essas possibilidades nesse modelo de quarteto. É o quarto disco da banda, também tem isso. Tem a contagem das músicas e as nossas músicas também, em grande maioria, são quatro por quatro. Também tem uma coisa de uma banda que a gente sempre ouviu muito desde moleque, que é o Ramones, que toda contagem da música é one, two, three, four… Não deixa de ser uma homenagem também.
Tomaz: Só pra complementar o que o Nico falou, esse é um disco pré-pandêmico, pandêmico e pós-pandêmico, né? Ele é um disco de um período grande aí. Mas acho que a maior parte do trabalho foi feito nos anos de pandemia. 2020 quase não porque a gente levou muito a sério a coisa do distanciamento, mas a partir de 2021, quando começou a vacinação, quando ficou menos rigoroso, esse distanciamento… Quando a gente voltou a trabalhar nesse disco, que tinha sido iniciado em 2019, era muito nós quatro, né? Não tinha muito espaço pra gente encontrar mais ninguém.
Foi um disco que foi bem feito com nós quatro nos encontrando da maneira que dava, de máscara. A gente tinha a sorte de consegui ensaiar na casa do [Fernando] Perdido, que é o baixista. Sem acessar estúdio, sem acessar muita gente de fora. Acho que todos os nossos outros discos sempre contaram com muitas parcerias, com convidados, e esse é um disco bem feito às nossas quatro mãos, nesse quarteto, nesse ambiente restritivo. Eu acho que o título reflete de fato esse aspecto do disco.
MS: Vocês já tinham começado o álbum em 2019 e foram terminá-lo só depois que o pior período do isolamento social passou. O que vocês mudaram e o que vocês mantiveram daquele material inicial?
Tomaz: Acho que a gente tem nesse disco uma coleção de músicas de um período longo. A gente vinha mantendo um ritmo até então assim: nosso primeiro disco é de 2010. A gente tem o segundo disco, que ficou pronto em 2012, lançamos em 2013. Temos um EP de 2015 e outro disco de 2017. Então a gente mantinha mais ou menos esse intervalo de de dois anos entre lançamentos e a produção do próximo disco, e tal, e isso se quebrou.
O plano era, de fato, que em 2019 a gente tivesse continuado nesse ritmo de lançamento, mas a pandemia quebrou a gente totalmente. Então a gente tem um um pedaço das músicas desse disco que são ali daquele período, 2018, 2019, ou até antes. A música “A Bala Que Era Pra Ser Sua”, por exemplo, que eu compus com o Paulo Miklos, é uma música que até poderia ter entrado no nosso disco anterior. Ela já existia ali naquele período. Nós não trabalhamos ela na época e ela ficou mais pertinente depois até. Ela é mais atual do que ela já era, mas a gente, já naquele momento, identificava aquelas questões, então já estava com aquilo na cabeça. Ela manteve a atualidade, então a gente colocou nesse disco.
Algumas músicas são daquela época. Em “What U Want”, por exemplo, a gente fala “te falo desde 16”. Naquela época, 2016 tava mais perto ainda, né? Depois os anos foram passando, mas a gente manteve a música porque é isso… As músicas que tem uma atualidade e que ainda são muito representativas do que a gente está vivendo, pra gente, valia a pena e fazia sentido manter no disco. Também são músicas que a gente gosta muito.
E tem algumas músicas que surgiram ainda no período da pandemia, que, pra mim, são muito marcantes. São as duas últimas do disco, “Não Tá Tudo Bem”, que é bem sobre a pandemia, e “Gentrificação”, que fala um pouco de experiência pessoal, mas ela surgiu e tá marcada pra gente ali no período mais pro final da pandemia. Então a gente não teve esse pudor, digamos assim, de deixar entrar essas outras músicas que foram surgindo ao longo do processo.
Nico: Acho que quando a gente foi entrar em estúdio, foi mais ou menos em março de 2020. O timing perfeito [risos]. Explodiu a pandemia e ninguém sabia quanto tempo ia durar, né? A gente achou que ia ficar uns quinze dias afastado e acabamos ficando seis meses sem se ver, sem ensaiar. Então quando a gente voltou a se encontrar, ali no segundo semestre de 2020, a gente teve até um distanciamento do disco por causa do tempo parado. Aí a gente olhou de outra maneira o trabalho.
Aí falamos “Olha, tem coisas muito legais que já estão funcionando e acho que já vão pro disco”. Só que tem músicas que a gente estava tentando encaixar na época e depois de um tempo a gente falou “Gente, acho que tais músicas não vão rolar”. E quando a gente fez essa releitura das coisas que a gente tinha e não tinha, nós também conversamos entre nós e falamos “Ó, isso não está completo ainda. Ainda falta umas quatro músicas pra gente ter um disco na mão”. Então fizemos um esforço para compor mais músicas.
Tinha alguns arranjos também que a gente tava martelando, tentando fazer funcionar, e quando voltamos seis meses depois, falamos “Nossa, isso aqui não tá muito legal. Vamos tentar ir por outro caminho”. Então, acabou virando outro disco. Se tivéssemos entrado em 2020, com certeza, ia sair outro disco. Algumas músicas seriam relativamente parecidas, mas mais ou menos metade do disco a gente pegou um material novo ou rearranjou.
MS: Uma coisa muito interessante no álbum é esse contraste entre a sonoridade, um som mais solar, mais alegre, e as letras muito sérias, muito diretas, e que tocam em assuntos mais pesados da nossa realidade. Como foi que vocês construíram isso?
Tomaz: A gente já costuma trabalhar, digamos assim… A “metodologia” da banda, né? É que a gente trabalha muito junto e nos ensaios tocando junto as músicas. A gente arranja elas ao vivo e pra soarem com nós quatro tocando. Dificilmente a gente vai com um esqueleto de música pro estúdio, daí preenche depois ou faz um arranjo mais “mentalmente” pra depois ver como ele vai se manifestar. As músicas aparecem com nós quatro com um instrumento na mão, tocando. Mesmo quando a gente leva composições, elas são muito básicas, exatamente pra deixar que a banda se aproprie da música. Claro que na pandemia isso quebrou muito as nossas pernas porque a gente não podia fazer isso, né? A gente ficou parado nesse sentido de desenvolvimento das músicas. E acho que não buscamos outra metodologia, a gente esperou acontecer a volta e voltamos a trabalhar daquele jeito.
Foi ali no final de 2020, início de 2021, que a gente começou a engrenar novamente e voltar a esse processo de fazer as músicas acontecerem. E aí quando a gente entra no estúdio, a gente também grava bem ao vivo. Em geral, a faixa base de cada uma dessas músicas é com nós quatro tocando ao mesmo tempo. As guitarras eu refaço, os teclados a gente regrava depois… Claro que o vocal que vai ficar definitivo, a gente faz um overdub também, mas a “cara da faixa” a gente sempre busca isso: que a cara da faixa tenha a cara de uma banda tocando aquela faixa ao vivo.
Acho que talvez isso dê essa sensação que você teve, do aspecto solar, ou de uma banda. Também acho que vale a pena dizer isso: a nossa “escola”, digamos, de palco, e tal… A banda surgiu tocando em festa, balada, na noite, clubinho, então a gente é essa cara, essa pegada, de tocar música pra dançar, música pra animar a galera. Demorou um tempo na nossa carreira pra gente fazer shows de teatro, show em auditórios, mas eu acho que a coisa formativa ainda pega pra gente.
E eu estava lembrando, no começo, quando a gente começou a conversar sobre esse disco, a gente falava sobre isso. “Lembra como era a banda? O tipo de som que a gente fazia quando a gente tocava?”. A gente tava na ideia de recuperar isso. O nome é 1 2 3 4 também tá relacionado a isso, né? Essa pegada de colocar a música pra frente e animar a galera, digamos. Assim, então, quando a gente tá falando de tópicos mais complicados, a gente não dá necessariamente um tom melancólico pra música. Ela pode ter também, a gente tem músicas que trabalham nesse sentido, mas a gente sempre gosta dessa coisa que tem uma irreverência e um ritmo ali que tem no mínimo algum groove. Acho que é uma das marcas da banda e a gente tenta colocar isso como um elemento da música.
Nico: É bem isso que você falou, é bem a nossa cara mesmo, o nosso som. Por mais que talvez esse disco seja o mais melancólico, não só de letra mas de instrumentação, mesmo assim, a banda tem essa sonoridade. Quando a gente tá ouvindo música ou quando vai passar uma música, tipo “Ah, olha esse som que eu tô ouvindo, que legal”, raramente é uma música pra baixo.
É meio nosso estilo mesmo, de música. A gente gosta de coisas mais pra cima no geral. Não é uma exclusividade, acho que é bem a nossa característica de som mesmo. E as letras também. A gente gosta de ter uma reverência, uma ironia. Mesmo que a gente esteja falando de alguma coisa séria, ela é abordada de um jeito irreverente, com um pouco de humor.
MS: Vocês falaram de voltar ao início, e a Garotas Suecas já tem quase 20 anos de banda. Semana passada eu falei com outra banda que fez 20 anos, que foi a Él Mató a un Policía Motorizado, e a gente falou muito sobre como o contexto sociopolítico e cultural de um país molda uma banda, especialmente na cena independente. Acho que muito disso a gente pode ouvir nesse álbum novo, então minha primeira pergunta é sobre como vocês foram atravessados, tanto pela pandemia quanto pelos acontecimentos pós-eleições de 2018 e como isso afetou o álbum?
Nico: A gente foi afetado diretamente porque um dos setores que mais sentiram essa essa fase foi o setor cultural. A gente ficou quase um ano sem tocar em shows, se bobear até mais. Mesmo eu que tenho estúdio tive pouquíssimo trabalho, pouquíssima coisa acontecendo. Foi um momento em que a gente estava meio de mãos atadas e a gente teve quase zero ajuda do governo, do Estado, pra manter as coisas. Então foi barra, foi barra pesada.
A gente também não quis fazer um disco totalmente com essa temática literal, sabe? De período eleitoral, período pandêmico, porque a gente ficou com medo de ficar uma coisa muito datada. Então, claro que a gente quis abordar essas coisas que estavam afligindo a gente e a banda e todo cenário como um todo, mas de maneira um pouco mais subjetiva, tentando não usar palavras como “pandemia, presidente, planalto”.
Tomáz: Acho que nesse sentido o nosso disco anterior já tinha um pouco desse traço né? Eu estava lembrando que outro dia a gente estava fazendo um show e eu fui apresentar a música “Objeto Opaco”, que tá no nosso disco anterior, e tem um videoclipe que aparece bastante a cara do Temer, né?
Naquele contexto, o diretor do clipe colocou um Bolsonaro, e eu me lembro de fazer um feedback na época e falar “Gente, será que tem a ver? O Bolsonaro é uma coisa que vai sumir, vai desaparecer”. E depois, na verdade, o clipe ficou super atual, o diretor estava certo e eu que estava errado com o meu diagnóstico, né? Então a gente já trouxe um pouco essa preocupação, digamos, de contexto político e tal, desde o disco anterior. Desde o Feras [Míticas], na verdade, nós já tinhamos um comentário sobre as manifestações de 2013, já tem aquele contexto ali. Eu acho que está representado de alguma forma.
Mas acho que assim, esse disco explodiu totalmente isso porque a gente introjetou um pouco essa – que acho que é uma característica da banda – de ser um pouco comentarista do mundo em que a gente vive. Uma espécie de crônicas sobre pessoas, sobre situações. Muitas das músicas que estão nesse disco são diálogos pra alguma outra pessoa com interlocutor. Como eu tava falando, em “What U Want” tem o “te falo desde 16”, então tem uma interlocução ali. “Como É Que Pode” também. Tá conversando com uma pessoa, reclamando, reagindo a um tipo de relação, aquela polarização política e tal.
“A Bala Que Era Pra Ser Sua”, também, tá se referindo ao produtor de armas, à bancada da bala. Então, eu acho que o Nico tem razão, a gente tenta fazer músicas que não são muito datadas. Apesar que, eu acho que no futuro as pessoas vão escutar esse disco e vão entender que ele é do período em que ele foi feito. Mas também acho que a gente não teve muito medo de colocar mais diretamente sobre o que a gente tava falando. De fato é uma característica do disco. É o retrato de uma época.
MS: A segunda pergunta é como que o contexto político, social e cultural do Brasil moldou a Garotas Suecas ao longo desses quase 20 anos porque imagino que houveram momentos mais esperançosos e momentos mais difíceis.
Nico: Acho que nos últimos trabalhos, claro que a gente acabou sendo influenciado pelo cenário sociopolítico. A gente também gosta de falar sobre isso. Mas também acho que os momentos da banda também são muito os momentos da nossa vida. Quando nós começamos, eu tinha 15,16 anos, mas o resto do pessoal tinha 20 anos, então tava todo mundo na faculdade, eu ainda tava no colegial.
Então o começo da banda, que foi em 2005, a gente tava ali em um mandato Lula e era um período muito diferente das nossas vidas. A gente ainda morava com os pais, ainda era moleque mesmo. A banda foi evoluindo e a gente foi basicamente virando jovens adultos ao longo da banda. E acha que isso retrata muito também a evolução da banda. Na passagem do Lula pra Dilma a gente tava virando adulto. Nem sei se tem muito como dizer como que foi a evolução da banda junto com o Brasil, assim, acho que é difícil fazer esse paralelo, sabe? Porque a gente também mudou muito em 18 anos.
MS: Eu acho que a gente pode puxar até pro outro sentido. na verdade. Esclarecendo melhor o que eu quis dizer: se vocês fossem comparar a cena independente, por exemplo, quando vocês surgiram, como foi todo esse processo de amadurecimento e crescimento da banda até hoje?
Tomaz: É boa essa essa colocação que você fez porque eu já estava pensando um pouquinho sobre isso. Quando a gente começou, a gente fazia parte de uma cena. A gente ainda faz, mas quero dizer que ali existia um momento de bandas. Era um contexto de surgimento de bandas, de surgimento ou fortalecimento de festivais de música pelo Brasil que traziam artistas desse nosso tamanho.
Obviamente, a gente variou de tamanho ao longo da banda. Não de pessoas, né? De repercussão, de relevância. Mas a gente nunca foi mainstream. E tinha uma cena nacional e mesmo internacional pra bandas desse tamanho. A gente teve também essa entrada internacional. Então a gente fez parte dessa cena no Brasil e também acho que principalmente nos Estados Unidos. A gente fez viagens pra Europa e tal, mas durante alguns anos ali fez viagens e turnês pros Estados Unidos.
Então a gente fez parte de um ambiente, de uma “ecologia” de bandas independentes que tocaram em festivais. E isso mudou totalmente. Minha impressão é que hoje o contexto não é muito de bandas, mas de novos artistas que surgem e que são, na maioria, artista solo, um indivíduo. E o indivíduo muda, né? Se transforma. Como o Nico tava falando, a gente muda, tem fase da vida, e eu tenho a impressão que o artista solo tem mais essa característica de deixar transparecer a sua subjetividade, as coisas que ele está sentindo, o momento da vida dele.
Pra mim, é muito marcante o disco do Bob Dylan, Blood on the Tracks, que é o disco de divórcio dele. Ele fez um disco inteiro sobre separação, aquela coisa pessoal, de falar da vida dele. Em uma banda é mais difícil fazer isso. Porque nós éramos cinco, seis pessoas, cada uma em momentos diferentes, vivendo coisas diferentes. Por outro lado, acho que a banda tem uma outra característica, que a gente tá deixando transparecer agora, que exatamente por ter um monte de gente, ela vira um para-raio da época. Acho que as bandas fazem retratos de um determinado contexto, de uma situação.
O nosso primeiro disco, de 2010, é um disco festivo. Talvez de uma época festiva do Brasil, de um momento específico em que o Brasil crescia pra caramba. Tinha uma crise internacional e, pelo contrário, no Brasil tava aquela coisa, né, aquela capa da revista The Economist com o Cristo decolando, então tinha todo um contexto. Embora aquele disco não fale de política, ele tem um retrato de um momento ou de uma sensação que não era necessariamente individual, mas coletiva. Porque como eu falei, o indivíduo pode estar passando por uma situação ruim diante de uma situação boa, e o contrário também.
Pra banda é mais difícil mostrar essas coisas porque o processo criativo da banda é negociado. Então acho que esse disco reflete tudo isso: um contexto diferente, uma cena musical diferente. Manter uma banda por quase 20 anos, a gente é sobrevivente, né?
Nico: As bandas que a gente tocava junto, quase todas acabaram.
Tomaz: Mas é uma coisa pra se celebrar também, a longevidade e o fato da gente estar juntos.
Nico: Uma coisa que eu pensei agora que você estava falando, por exemplo, quando a gente começou a fazer show mesmo, como o Tomaz falou, era uma cena bastante de bandas assim, tinha uma cena meio de rock underground, psicodélico em São Paulo, e a gente tocava muito nas casas de show da rua Augusta.
A cena de música alternativa em São Paulo era na rua Augusta. Tava começando a ter um momento, mas ainda era meio barra pesada. Então a gente tocou muito no Outs, tocamos no Vegas algumas vezes, tocamos no Inferno, vários lugares. E esses lugares todos já eram, essa cena desapareceu. As pessoas que faziam esses lugares existirem, muitas ainda estão na cena, mas os lugares em si desapareceram, viraram prédios. Então é uma coisa um pouco também da mudança da cidade e do país, de fato. E a gente vai indo tocar em outros lugares. Hoje em dia as casas estão um pouco mais espalhadas, cada uma em um canto.
MS: Pra encerrar, eu gostaria de saber se vocês têm alguma agenda de shows planejada para divulgar o álbum novo.
Tomaz: A gente tem show de lançamento do disco novo marcado. A gente ainda não pode divulgar os detalhes, mas vai ser agora no mês de agosto. Em breve vai ter mais detalhes nas nossas redes sociais.
Aliás, posso deixar esse recado também, né? Sigam a gente nas nossas redes sociais que é o meio que a gente tem usado pra contato direto com os nossos fãs. Nossa rede principal hoje é o Instagram (@garotassuecas), no Twitter é @garotas_suecas, e o nosso Facebook é Garotas Suecas. São as redes principais e os canais pelos quais em breve a gente vai divulgar a nossa agenda de shows.
Temos planejado aí Brasília logo mais, e acho que o nosso plano é viajar um pouco de volta, né? Finalmente. Agora liberados pra viajar pelo nosso país.
Nico: A gente vai ter o show de lançamento, que em breve vamos poder divulgar a data, e depois desse show a gente pretende circular. É uma coisa que faz tempo que a gente não faz. A gente tá super animado, a gente está super feliz com o disco, e a gente está num momento em que a gente quer tocar, que é o que a gente gosta de fazer. A gente gosta de estar junto, de tocar, de estar na estrada. Todo mundo que tem uma banda curte muito isso. Então espero que rolem muitos shows aí pra todo mundo curtir.