Gavin James tem uma voz perfeita para cantar sobre amor, na alegria ou na tristeza, na pista de dança ou no fundo do poço, como mostra em The Sweetest Part, terceiro álbum da carreira, caminhando com fluidez entre os ciclos de felicidade e tristeza vividos por quem se apaixona.
O artista, que já foi tema das novelas Pega Pega e Deus Salve o Rei, da Globo, acumula uma crescente base de fãs no Brasil, com mais de 80 mil ouvintes mensais apenas em São Paulo, esteve no Brasil em setembro para divulgar o the sweetest part com um show na casa Rockambole, no dia 16, e agenda de imprensa na qual conversou com o Mad Sound. “Estou aqui há uma semana e vou pra casa amanhã, mas parece que é cedo demais, eu deveria ficar mais tempo. Mas voltarei ano que vem! Amo estar aqui, é ótimo”, contou de cara.
Munido de uma produção impecável e composição na medida certa para um disco perfeitamente pop, o cantor e compositor irlandês escreveu esse disco durante a pandemia e contou com a parceria de vários amigos no processo criativo do projeto, ainda que majoritariamente pela internet. “Foi bom, considerando que foi por Zoom”, disse com bom humor, pouco depois de brincar que morreria se tivesse que atender outra chamada pelo aplicativo.
Esses amigos, é importante pontuar, possuem currículos admiráveis como compositores de estrelas pop, o que ajuda a explicar como o disco sucessor de Only Ticket Home (2018) chegou a uma fórmula tão completa. Entre os nomes que dividem créditos de composição com o próprio Gavin James, estão Ryan Tedder, vocalista do OneRepublic, Mark Ralph, Fiona Bevan e Richard Munõz, Ollie Green e Jimbo Barry.
Como o bom romântico que demonstra ser nas letras, Gavin James contou que passar o lockdown com a namorada foi “maravilhoso”. O casal nunca tinha passado mais de duas semanas juntos e a experiência mostrou como o relacionamento está forte, ao contrário de muita gente que terminaram namoros e até casamentos naquele período de convivência prolongada. “Sempre digo aos meus amigos que terminaram nessa quarentena que é uma coisa boa, de certa forma, porque essas relações terminariam de qualquer jeito, mas talvez eles estivessem com 50 ou 60 anos, então melhor que já tenha acontecido”, observou com otimismo.
Seja confessando amor eterno em “End Of The World”, as dores do ciúme nas diretas “Circles” e “Jealous”, a esperança de um porto seguro em “Anywhere but Here” ou na realização agridoce de nunca ter sido número um no coração da amada em “Greatest Hits”, Gavin James explora os dois aspectos da carreira com desenvoltura, afundando na melancolia quando necessário, mas se desafiando a trazer também batidas perfeitas para pista de dança – e para as paradas musicais – em momentos não necessariamente alegres, viajando também em uma declaração apaixonada e pop pelo próprio amor, custe o que custar.
LEIA TAMBÉM: ‘5SOS5’: o amadurecimento pessoal e profissional da 5 Seconds of Summer