Texto por: Joana Söt

Após um fim de semana no mínimo emocionante para os amantes de música em terras paulistanas, o último dia de C6 Fest, que começou na sexta-feira, 19, não deixou a desejar em todos os requisitos que definem um bom festival de música.

Da organização dentro de um sistema novo de palcos (onde cada palco exigia um tipo de passe) até o som dos palcos, foi na tenda Heineken, casa dos headliners do festival, que a banda inglesa Black Country, New Road, e os americanos Weyes Blood e The War on Drugs fecharam o festival. 

A primeira banda, mais conhecida como BCRN, agora formada pelos 6 jovens ingleses extremamente ambiciosos e talentosos em termos musicais e técnicos, não decepcionou os surpreendentes vários fãs brasileiros, entregando um set quase completo do último álbum da banda, Live From Bush Hall, além da entrada triunfante ao som de “Crazy In Love”, de Beyoncé, mostrando simpatia e animação mesmo sendo conhecidos por suas músicas mais melódicas e melancólicas.

O segundo show – esperado por muitos que ocupavam a tenda Heineken no domingo, da americana Weyes Blood – trouxe o drama e novamente a surpresa de uma artista que, conhecida por suas canções lentas e densas, agitou e fez todo mundo pular e dançar. Com um set variado mas dando atenção especial ao último álbum, And in the Darkness, Hearts Aglow, a californiana fez a plateia vibrar com o hit “Andromeda” e “Movies”.

O show de encerramento da noite, no entanto, deixou a galera da tenda Heineken ainda mais eufórica. O som hazy e hipnotizante de The War On Drugs, banda veterana na indústria musical alternativa, fez o pessoal vibrar na noite fria de domingo, transformando o parque Ibirapuera numa verdadeira rave indie e relembrando que o indie sempre esteve vivo. Dentre clássicos e novos sons, o ápice do concerto foi na música mais famosa da banda, ‘’Under The Pressure” que contou com uma versão ao vivo tão insana quanto a estendida gravada, com ajuda da iluminação surrealmente colorida e sincronizada com a banda. 

O C6 fest em 2023 veio para mostrar que São Paulo está mais que preparada para os festivais de meio de ano, provando que não é preciso ter grandes nomes do mundo pop para se fazer um evento de sucesso: há espaço para tudo e todos, e ninguém deve ser deixado de lado.

Confira as fotos do terceiro dia de festival feitas pela nossa fotógrafa, Marcela Lorenzetti:

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